Os
engenheiros da Corporação Aeronáutica Unida da Rússia (OAK) estão prontos para
começar o projeto de aviões de combate de oitava geração, escreve Sergei
Ptichkin, especialista em defesa.
Em seu artigo
para o jornal russo Rossiiskaya
Gazeta o autor indica
que se pretende "criar um sistema aeronáutico de combate multifuncional
com inteligência técnica muito avançada".
Não obstante, atualmente, é bastante
difícil distinguir a diferença entre os caças de quinta geração e de geração
4++, conforme explica Ptichkin. Por conseguinte, "uma nova geração de
aviões" é um termo bastante difuso.
Responder aos desafios do século XXI
A OAK planeja criar um grupo de trabalho
composto por engenheiros e técnicos altamente especializados.
"[O grupo] se encarregará do desenvolvimento de um sistema
de caça integrado capaz de responder a todos os desafios do século XXI,
incluindo combates no espaço próximo", indicou Ptichkin.
Assim, haverá dois projetos alternativos do
novo caça russo: tripulado e não tripulado. Além disso, podem vir a ser
desenvolvidos bombardeiros leves, de médio porte ou monomotores.
Também mudará o conceito de missões de
combate. Um caça tripulado vai participar de combates rodeado de drones da
mesma configuração.
Drones na guerra eletrônica
"Os drones vão abrir o caminho e
proteger o avião tripulado dos bombardeiros inimigos e dos sistemas de defesa
aérea", detalha Ptichkin.
Além disso, o novo drone realizará missões
de reconhecimento aéreo tático e lançará ataques em ambientes hostis de alta
intensidade de ameaças com todo o sistema de armas a bordo. Terá a
possibilidade de ser reprogramado para novos alvos.
© SPUTNIK/ MAXIM BLINOV
Tanto os caças tripulados quanto os drones contarão com sistemas
de guerra eletrônica do mais alto nível. Assim, um grupo de simuladores
virtuais em tamanho real protegerá o esquadrão aéreo de qualquer ameaça.
Entre outras novidades, figura o sistema de
deteção de longo alcance para o modo de radar, de radiação infravermelha e
ultravioleta, que proporcionará uma visão esférica permanente com intercâmbio
contínuo entre as aeronaves.
Os caças da oitava geração estarão equipados com mísseis,
instalados tanto no interior quanto no exterior da aeronave.
Sua velocidade será supersônica e permitirá
agregar de forma rápida um grande número de aviões de combate em um espaço
aéreo perigoso.
Além disso, caso o inimigo lance um ataque,
os drones desempenharão um papel protetor ao atrair o fogo para si mesmos.
Capacidades espaciais
Os sistemas de combate serão incluídos no
espaço de informação bordo-bordo, bordo-terra, terra-bordo, e até mesmo
bordo-espaço-terra-bordo, explica o autor. Isso permite responder rapidamente
às ameaças e reorientar os esquadrões de aviões.
© SPUTNIK/
Se os novos caças
forem armados com mísseis hipersônicos, serão capazes de atingir alvos no
espaço próximo. Seus propulsores hipersônicos permitirão realizar missões em
órbita e retornar à Terra.
Desta forma, apesar de ainda não se saber
como será o seu design exterior, é muito provável que os novos caças russos se
assemelhem aos bombardeiros espaciais da saga Star Wars.
Pode parecer fantástico, porque costumamos
pensar que as guerras espaciais estão longe de se tornar realidade. Não
obstante, persiste a ameaça de asteroides e meteoritos.
"Assim, o sistema de combate dos caças do futuro da OAK
pode proteger toda a civilização, e não apenas países individuais",
conclui Ptichkin.
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