Raros filmes de testes nucleares são disponibilizados no YouTube
De 1945 a 1962, os Estados Unidos realizaram 210 testes
nucleares atmosféricos – daquele tipo com a enorme nuvem de cogumelo e tudo
mais.
Os testes de armas nucleares acima do solo foram proibidos em 1963, mas
há milhares de filmes desses testes que acabam apodrecendo em cofres secretos
em todo o país.
Porém, agora muitos deles estão disponíveis no YouTube.
O físico de
armas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL, do inglês), Greg
Spriggs, assumiu como missão pessoal a preservação desses 7 mil filmes
conhecidos, muitos deles literalmente decompostos, enquanto ainda são
classificados como confidenciais e ficam escondidos do público.
De acordo com
o LLNL, este projeto de 5 anos tem sido tremendamente bem sucedido, com cerca
de 4.200 filmes já digitalizados e, destes, 750 agora de acesso público.
Uma
playlist criada no YouTube no último dia 15 de março já disponibiliza 64 vídeos
– o que Spriggs está chamando de “conjunto inicial”.
Os vídeos são em inglês e
ainda não dispõem de legendas.
Corrida contra o tempo
Energia ilimitada: reator sul-coreano estabeleceu novo recorde para fusão nuclear estável
Por causa da degradação
do material, Spriggs enfrenta uma corrida contra o tempo.
Ele estima que levará
pelo menos mais dois anos para examinar os filmes restantes.
“Os dados que
estamos coletando agora devem ser preservados em formato digital porque não
importa o quão bem você cuidar dos filmes, não importa o quão bem você
preservá-los ou armazená-los, eles se decompõem.
Eles são feitos de material
orgânico e material orgânico se decompõe.
Então é isso. Chegamos a este projeto
bem a tempo de salvar os dados”.
Como é um processo que requer revisão militar, a desclassificação da
confidencialidade dos 3.480 filmes restantes e disponibilização para o público
de todo o material levará ainda mais tempo.
Sobre o conteúdo das filmagens, o pesquisador
diz esperar que nunca mais precisemos usar uma arma nuclear.”
É inacreditável a
quantidade de energia liberada”, comenta.
“Acho que se capturarmos a história
disto e mostrarmos qual é a força dessas armas e quanta devastação elas podem
causar, talvez as pessoas fiquem relutantes em usá-las”. [Gizmodo]
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