PF apura ligação de sócio de filho de Lula com Sérgio Cabral
Polícia Federal investiga a atuação do empresário Jonas Suassuna, sócio de
Lulinha, em negócios junto ao governo do Rio de Janeiro.
A Polícia Federal
investiga a atuação do empresário Jonas Suassuna, sócio do filho do
ex-presidente Lula, em negócios junto ao governo do Rio de Janeiro durante a
gestão Sérgio Cabral (MDB).
O principal alvo dos investigadores é um contrato
de R$ 93,7 milhões firmado entre a Secretaria de Educação e a Oi, na qual a Gol
Mobile, de Suassuna, foi subcontratada.
O TCE (Tribunal de Contas do Estado)
apontou pagamentos indevidos vinculados a serviços de responsabilidade da firma
do empresário.
A linha de investigação foi aberta após o ex-diretor da empresa
Marco Aurélio Vitale depor à força-tarefa da Lava Jato da PF em Curitiba.
Em
entrevista à Folha de S.Paulo no ano passado, ele afirmou que a Oi fechou
negócios com o Grupo Gol, de Suassuna e sem relação com a companhia aérea, com
o objetivo de repassar recursos a Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula.
A
empresa de telefonia foi contratada em novembro de 2008 para implementar o
projeto “Conexão Educação”, que previa a informatização de toda a gestão das
escolas da rede estadual, como controle de frequência, notas e outros dados.
Um
dos braços do projeto tinha como objetivo informar os pais dos alunos sobre o
dia a dia na escola por meio de mensagens de textos de celular (SMS).
A Gol
Mobile foi subcontratada para realizar dois serviços do contrato. Ela elaborou
o software Letivo, em que todas as informações seriam incluídas.
Também seria a
responsável por disparar as mensagens para os pais do alunos.
De acordo com o
TCE, a Oi recebeu R$ 26 milhões pela elaboração do Letivo.
Não se sabe quanto
foi repassado para a empresa de Suassuna.
A auditoria do tribunal identificou
que quase dois anos após o início do contrato, apenas 38 das cerca de 1.440
escolas tinham registro de uso do Letivo.
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