Os integrantes da Lava Jato notificaram a Polícia Federal após um deles desconfiar de uma mensagem recebida por meio do aplicativo Telegram
Os ataques de hackers aos aparelhos celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato vêm sendo investigados pela Polícia Federal há pelo menos um mês.
Os hackers miraram
especialmente as mensagens trocadas por meio do aplicativo Telegram, segundo
duas fontes com conhecimento do assunto. As vítimas tiveram suas conversas
violadas pelos criminosos.
Os procuradores notificaram
a Polícia Federal após um deles desconfiar de uma mensagem recebida por meio do
aplicativo. O ataque em massa então foi descoberto e começou a ser apurado pela
PF.
Neste domingo (09/06/2019),
a reportagem As mensagens secretas da Lava Jato, publicada pelo site
The Intercept, revela, por meio de uma série de mensagens privadas, como o
então juiz Sergio Moro teria direcionado o coordenador da força-tarefa da
Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, na condução da operação.
Tanto o ministro quando os procuradores acreditam que o site teve acesso às
mensagens através das invasões de celulares e aplicativos.
Em nota, Moro lamentou a invasão, criticou
a falta de identificação da pessoa responsável por hackear e a postura do
Intercept, que não entrou em contato com ele antes da publicação do conteúdo.
“Quanto ao conteúdo das
mensagens que me citam, não se vislumbra qualquer anormalidade ou
direcionamento da atuação enquanto magistrado, apesar de terem sido retiradas
de contexto e do sensacionalismo das matérias, que ignoram o gigantesco esquema
de corrupção revelado pela Operação Lava Jato”.
Linha abandonada
Na última terça-feira (04/06/2019), Moro teve o celular invadido por um hacker. O invasor teria acessado aplicativos do aparelho e trocado várias mensagens com os contatos do ex-juiz da Lava Jato. Na ocasião, o ministro pediu o cancelamento da linha e a troca de telefone.
Na última terça-feira (04/06/2019), Moro teve o celular invadido por um hacker. O invasor teria acessado aplicativos do aparelho e trocado várias mensagens com os contatos do ex-juiz da Lava Jato. Na ocasião, o ministro pediu o cancelamento da linha e a troca de telefone.
A assessoria de imprensa do
ministro confirmou, em nota, a invasão e a possibilidade de clonagem do número
que Moro utilizava. “Diante da possibilidade de clonagem, a referida linha foi
abandonada. Investigação para apuração dos fatos está em andamento”, disse a
nota. (Com
Agência Estado)
Fonte► https://www.metropoles.com
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