Brasil,
Estados Unidos, Argentina e Colômbia defenderam nesta quinta-feira a realização
de um segundo turno na Bolívia caso a OEA não consiga ratificar os resultados
da votação que reelegeu o presidente Evo Morales.
No
caso da Missão de Observação Eleitoral da OEA "não estar em condições de
verificar os resultados do primeiro turno, apelamos ao governo da Bolívia a
restaurar a credibilidade de seu sistema eleitoral através da convocação de um
segundo turno eleitoral", destaca um comunicado conjunto.
O Supremo
Tribunal Eleitoral (TSE) difundiu na noite de domingo resultados preliminares
com mais de 80% das atas apuradas que indicavam um segundo turno em 15 de
dezembro entre Morales e Mesa. Mas 24 horas depois, apresentou dados que
apontavam a vitória de Morales no primeiro turno, o que finalmente se
confirmou.
Os
quatro países declararam que estão "profundamente preocupados com as
anomalias" nas eleições de 20 de outubro, e destacaram que o segundo turno
deve ser "livre, justo e transparente".
"Argentina,
Brasil, Colômbia e Estados Unidos, junto à comunidade democrática
internacional, só reconhecerão resultados que reflitam realmente a vontade do
povo boliviano".
O
secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro,
disse que a Bolívia deve aguardar a conclusão de uma auditoria do bloco para
declarar os resultados das eleições.
União
Europeia (UE) e OEA defendem um segundo turno para restabelecer a confiança no
processo eleitoral.
"A
União Europeia compartilha plenamente da avaliação da OEA no sentido de que as
autoridades bolivianas deveriam concluir o processo de contagem em curso e que
a melhor opção seria realizar um segundo turno para restabelecer a confiança e
assegurar o respeito pleno à escolha democrática do povo boliviano",
declarou em um comunicado a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic,
distribuído em La Paz.
Bruxelas
lembrou que o informe preliminar da missão eleitoral da OEA identificou
"falhas importantes no processo".
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