Ayrton Senna também pilotava aviões e helicópteros. Mas dizia que preferia os carros. Compreensível – Senna era viciado em adrenalina.
Os aviões, embora muito mais velozes do que os
automóveis, não oferecem a mesma carga de adrenalina que experimenta quem pilota
um carro de corrida.
Nas pistas, a velocidade do carro parece maior que a do avião. As reações à aceleração, à frenagem, às mudanças de direção, são imediatas.
Nas pistas, a velocidade do carro parece maior que a do avião. As reações à aceleração, à frenagem, às mudanças de direção, são imediatas.
É uma pilotagem
nervosa, ágil, agressiva, quase instintiva. Quem já pilotou um kart de competição,
por exemplo, sabe disso.
A pilotagem de aviões é mais cerebral, técnica, fria (se não forem aeronaves acrobáticas ou de caça, claro).
A pilotagem de aviões é mais cerebral, técnica, fria (se não forem aeronaves acrobáticas ou de caça, claro).
Quanto maior o avião, maior é a inércia; mais
lentas são as respostas aos comandos de acelerar, subir, mudar de direção.
Pilotar um jato comercial, mal comparando, é quase como conduzir um grande
barco – percebe-se isso até mesmo num bom simulador.
As respostas aos comandos são quase preguiçosas. Os motores à reação demoram até 7 segundos para responder ao avanço das manetes de potência (o equivalente ao pedal de acelerador dos carros).
Lentas também
são as respostas aos movimentos do manche (que comanda os ailerons, nas asas, e
os profundores, na cauda), para baixo, para cima, para os lados.
E dos pedais (que
comandam o leme vertical de direção).
O piloto tem de estar com a cabeça sempre alguns segundos à frente do que deseja fazer. Isso pode ser estimulante – mas não para quem busca adrenalina pura na condução de uma máquina. Por isso, Senna preferia os carros.
Carros e aviões têm comportamentos completamente diferentes. Mas a pilotagem de cada um tem o seu charme e o seu fascínio.
O piloto tem de estar com a cabeça sempre alguns segundos à frente do que deseja fazer. Isso pode ser estimulante – mas não para quem busca adrenalina pura na condução de uma máquina. Por isso, Senna preferia os carros.
Carros e aviões têm comportamentos completamente diferentes. Mas a pilotagem de cada um tem o seu charme e o seu fascínio.
Irineu Guarnier Filho é brasileiro,
jornalista especializado em agronegócios e vinhos, e um entusiasta do mundo
automóvel. Trabalhou 16 anos num canal de televisão filiado à Rede Globo.
Actualmente colabora com algumas publicações brasileiras, como a Plant Project
e a Vinho Magazine.
Como antigomobilista já escreveu sobre automóveis clássicos
para blogues e revistas brasileiras, restaurou e coleccionou automóveis
antigos.
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