As tecnologias disponíveis estão a permitir encontrar muitos exoplanetas
e superterras que anteriormente estavam longe do nosso conhecimento. Nesse
sentido, investigadores do Carnegie Institution for Science descobriram dois
planetas que orbitam as estrelas GJ180 e GJ229A.
De facto estas duas estrelas são as
mais próximas do nosso próprio sol. É referido ainda que estes planetas têm
condições para albergar vida extraterrestre, sendo “potencialmente habitáveis”.
Dois “sois” perto do nosso Sol e a vida
extraterrestre
Investigadores da Carnegie Institution for Science descobriram
que existem dois planetas que orbitam as estrelas GJ180 e GJ229A. Estas duas
estrelas curiosamente são duas das mais próximas do nosso próprio sol.
A investigação permitiu também revelar
a existência dos planetas chamados GJ180d e GJ229Ac. Conforme os dados
disponibilizados, estes dois planetas têm pelo menos 7,5 e 7,9 vezes a massa
terrestre. Cada uma destas superterras leva 106 e 122 dias terrestres para
completar uma órbita em torno das suas estrelas, respetivamente.
GJ180d é a superterra temperada mais
próxima de nós, que não está amarrada à sua estrela, o que provavelmente
aumenta a sua probabilidade de ser capaz de hospedar e sustentar a vida.
Explicou Dr. Fabo Feng, coautor do
estudo.
Destes dois, os responsáveis pelo
estudo destacaram o planeta GJ229Ac. Este planeta, muito parecido em tamanho
com a Terra, está localizado num sistema em que a estrela anfitriã (o seu sol)
tem uma companheira, uma anã castanha.
Uma anã castanha é um corpo celeste
cujo tamanho está entre o de um planeta gigante, como Júpiter, por exemplo, e o
de uma estrela pequena. Assim, estes astros não são grandes o suficiente para
iniciar a fusão do hidrogénio no seu núcleo o que lhes atribui uma baixa
luminosidade. Como resultado, sendo que a sua massa é superior à de um planeta,
mas não tão massiva quanto a de uma estrela, as anãs castanhas são consideradas
estrelas fracassadas.
Há um terceiro
planeta muito curioso nesta descoberta
Conforme foi igualmente referido, os
astrónomos também descobriram um terceiro planeta notável – um “Neptuno frio”
apelidado de GJ433d.
GJ433d é o planeta mais próximo, mais
largo e mais frio do tipo Neptuno jamais detetado.
Explicou O Dr. Feng.
Um Neptuno frio é um tipo de planeta
com uma massa maior que cerca de dez massas da Terra (uma superterra) e menor
do que a massa de Saturno. Os Neptunos frios deve ser localizado para além da
linha do gelo, onde as temperaturas são mais frias e mais fácil para os
compostos de hidrogénio, tais como água, amoníaco e metano condensar em grãos
de gelo sólidos.
Até a esta descoberta conheciam-se
Úrano e Neptuno no nosso Sistema Solar e os exoplanetas OGLE-2005-BLG-169Lb e OGLE-2007-BLG-368Lb.
TESS deixou há dias informação de uma
possível Superterra
Esta descoberta vem poucos dias depois de
a NASA ter descoberto um novo planeta do tamanho da Terra que poderia ser o lar
de vida extraterrestre. Conforme vimos, o planeta descoberto, denominado TOI
700 d, foi encontrado pelo satélite Transiting Exoplanet Survey Satellite
(TESS) da NASA. Este é atualmente um dos poucos planetas do tamanho da Terra
apontados até agora na zona habitável de uma estrela.
O TESS foi projetado e lançado
especificamente para encontrar planetas do tamanho da Terra que orbitam
estrelas próximas. Os planetas em volta das estrelas próximas são mais fáceis
de seguir com telescópios maiores no espaço e na Terra. A descoberta do TOI 700
d é uma descoberta científica chave para o TESS.
Concluiu Paul Hertz, diretor da divisão
de astrofísica da sede da NASA.
O ano começou forte com as descobertas
de novos planetas, superterras e de novas estrelas que podem permitir vida
extraterrestre. Aliás, há já um resumo muito interessantes das
descobertas feitas em 2020.
Fonte: Pplware
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