O carioca Guilherme Barros tem 40 anos, mas aos 18 anos foi para os Estados Unidos e atualmente mora na cidade de Madison, no estado americano Wisconsin.
Barros é formado em psicologia, mas trabalha com tecnologia da informação, o que facilitou a colocar em prática o projeto de construir uma aeronave.
Segundo ele, o projeto ficou pronto em julho de 2018 e, a partir daí, Barros e sua esposa Mary têm viajado bastante desde então, por volta de 500 horas de voo nesses dois anos.
O casal já está voando dos Estados Unidos para o Rio de Janeiro. “Mas antes de chegar ao destino final, já paramos em algumas cidades de outros países, como na Ilha Grenada, no Caribe”, disse Barros.
“Inclusive, já estamos a caminho do Brasil e neste domingo pousaremos no Aeroporto Internacional de Boa Vista. Ouvi dizer que nesta cidade tem ótimas pizzarias”, brincou. Ele contou que o avião pousará entre às 15h30 e 16h.
“É importante destacar que minha esposa Mary ajudou muito com esse projeto, colaborando com mais de 500 horas de construção e também tirou brevê para vir comigo nesse voo. Ela passou na prova de piloto em janeiro”, comentou Barros.
O projeto
Barros disse que sempre quis fazer algo assim. Como trabalha com tecnologia da informação, passou muito tempo parado em frente ao computador, pensando e escrevendo. “Queria fazer algo com as mãos, criar algo físico”, afirmou, em entrevista exclusiva à Folha Web.
Ele contou que começou o projeto de construir uma aeronave em 2015, e que as peças foram sendo adquiridas em uma empresa nos Estados Unidos. “Aqui tem uma firma que faz meio que um kit. Você compra as peças em alumínio, corta, dobra, faz buraco, e constrói com rebite”, disse Barros.
Questionado sobre qual a peça mais difícil de ser encontrada, ele explicou que “o difícil é ter um projeto grande assim e fazer aos poucos, todo dia um pouco”.
Barros não revelou quanto gastou, mas informou que investiu bem menos caso comprasse um avião equivalente. A aeronave tem dois assentos, motor de 180 hp.
“Meus planos de voo normalmente são por volta de 9 mil pés de altitude, uns 275 km/h, consumindo 28 litros/hora. Tem autonomia de por volta de 1.150 km”, ressaltou Barros.
Sobre a autorização americana para voar, ele disse que nos Estados Unidos não é difícil conseguir. “É bem fácil, tem muito avião e pouca burocracia. Aeroportos raramente cobram para pousar, aliás acho que somente os enormes como Chicago, Atlanta, talvez Miami, cobram”, frisou.
folhabv
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