Uma pergunta legítima, com muitas possibilidades de resposta. Eles podem estar bem aqui agora. Eles podem estar longe, ignorando a nossa existência. Há ainda a chance de que eles nem possam existir.
Em 1961, a primeira reunião da SETI (sigla em inglês para o Procura por Inteligência Extraterrestre), na Virgínia do Oeste (EUA), o astrônomo Frank Drake propôs uma equação para aproximadamente calcular o número de civilizações alienígenas em nossa galáxia.
Amplamente baseada em dados conjecturais, esta equação resultou num número de aproximadamente 10.000 civilizações avançadas somente em nossa galáxia.
Carl Sagan aumentou a aposta, sugerindo que o número era próximo de um milhão.
Porém, todos estes cálculos foram baseados em suposições de que a vida deva ser baseada em carbono, como a nossa.
Pelo que sabemos, o universo poderia abrigar uma gama de formas de vida, baseadas em silício, nitrogênio, arsênio, ou até mesmo elementos que anda não descobrimos.
Como o físico teórico Stephen Hawking uma vez especulou, as estrelas, ou mesmo os buracos negros, poderiam possuir algum tipo de consciência, tornando-os assim formas de vida exóticas.
Em algum lugar nas bilhões de galáxias, este cenário poderia estar ocorrendo. As leis da probabilidade até mesmo favorecem esta tese.
Isto levanta a questão do título deste artigo: Onde estão todos os alienígenas? E por que ainda não os encontramos oficialmente?
Esta mesma questão incomodou o físico italiano, Enrico Fermi, há uns 65 anos, levando-o a desenvolver uma hipótese conhecida como o Paradoxo de Fermi. Esta hipótese postula o seguinte
- Nosso Sol é uma estrela típica e é muito jovem. Nossa galáxia contém bilhões de estrelas que são muito mais velhas do que a nossa.
- Há uma grande chance de que algumas destas estrelas possuam planetas como a Terra. Se levarmos a Terra em consideração, torna-se óbvio que alguns desses planetas possam permitir o desenvolvimento de vida inteligente.
- Algumas dessas formas de vida inteligente poderiam desenvolver a viagem interestelar em algum ponto de sua existência. Novamente, esta suposição é baseada em nossos próprios esforços, que poderiam algum dia nos levar a visitar outras estrelas.
- Sem mesmo contradizer as leis da física newtoniana através da introdução de viagens mais rápidas do que a velocidade da luz, toda a galáxia poderia ter sido colonizada em questão de milhões de anos. Relativa à idade do universo, este intervalo é muito curto.
Assim, parece razoável que a Terra deveria ter sido colonizada agora. Ou pelo menos visitada. Intrigado pelo universo silencioso, Fermi perguntou “Onde estão todos?“
Um civilização que evoluiu logo após o universo ter iniciado, sua existência deve ter tido bilhões de anos para superar qualquer obstáculo tecnológico que enfrentasse.
Com o auxílio da inteligência artificial, tal civilização passaria través de um evento chamado de “singularidade tecnológica”, se tornando algo que nem mesmo conseguiríamos conceber.
A própria humanidade poderia passar por tal cenário, contanto que não nos explodíssemos antes disso. Como uma civilização hiper avançada, poderíamos colher a energia de nosso Sol e finalmente a geração de toda a nossa galáxia.
Vamos dar um salto de fé. Suponha que este cenário seja mais do que possível; vamos presumir que seja inevitável. Não deveríamos ser capazes de detectar traços da energia de tal civilização avançada?
Ela não deixaria sinais para trás, ou algum tipo de pista? Se algumas raças alienígenas foram capazes de passar pela singularidade, onde estão elas?
Elas poderiam estar se escondendo. Talvez elas deixaram o reino físico em favor do virtual. Se fôssemos dados a chance, a maioria de nós o faria agora.
Falando de forma astronômica, alguns acreditam que a resposta esteja bem na nossa frente. Trata-se da matéria escura.
Você, eu e tudo que é visível ao nosso redor somos feitos de matéria ordinária. Mas toda a matéria ordinária no universo totaliza por volta de 5% do total, enquanto o resto do cosmos é feito de matéria ou energia escuras.
Não sabemos quase nada sobre estes grandes compostos que são responsáveis pela continua expansão do universo.
Têm sido sugerido que a matéria e a energia escuras poderiam ser uma forma de computronium, que é uma substância hipotética que converte a matéria em força computacional.
Tal cenário significaria que todo o universo é um computador cósmico usado pela maioria das civilizações avançadas, servindo propósitos que nem mesmo poderíamos compreender.
Esta ‘mãe de todos os computadores’ poderia estar executando simulações inimagináveis e, pelo que sabemos, poderíamos estar vivendo dentro de uma dessas simulações neste momento. Este computador poderia até mesmo estar ‘reformatando’ o nosso universo, ou projetando novos universos, ao mesmo tempo.
Talvez seja por isto que nunca veremos uma civilização hiper avançada; eles estão literalmente muito ocupados gerenciando o universo.
E talvez sejamos parte de uma mente alienígena cósmica, sem mesmo sabermos.
(Fonte [desativada])
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