Foto: O Globo Terra Brasil Notícias
Apontados como suspeitos de integrarem a facção criminosa que teria planejado a morte do senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil-PR), os nove alvos de mandado de prisão expedidos pela Polícia Federal na Operação Sequaz, deflagrada na última quarta-feira, enfrentam decisões da justiça. Responsável pela investigação, a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, decidiu neste domingo prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária de dois deles, Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Rê, e Valter Lima Nascimento, o Guinho.
Já Aline de Lima Paixão ganhou, na última quinta-feira, o direito de responder o processo em liberdade. Ela é apontada pela PF como mulher de Janeferson Aparecido Mariano Gomes — que seria o líder do grupo. De acordo com a justiça, a motivação seria o desejo de vingança contra Moro por ter, em seu período como ministro da Justiça, assinado portaria que restringiu as visitas a presos em presídios federais. Leia abaixo a situação atualizada dos nove alvos.
Janeferson Aparecido Mariano
Principal investigado, segundo a Polícia Federal, Janeferson está em prisão preventiva desde quarta-feira. Ele é apontado como chefe do grupo “restrita 05”, responsável pelo planejamento e execução do atentado contra Moro. Foi a partir de mensagens enviadas por Janeferson que os investigadores descobriram o uso dos códigos “Flamengo”, usado para “sequestro”, e “Tokio”, atribuído a Sergio Moro.
Aline de Lima Paixão
Já a esposa do líder do grupo, Aline de Lima Paixão, foi solta no dia seguinte da operação. A decisão da juíza Gabriela Hardt levou em consideração o fato de Aline ter três filhos pequenos.
Valter Lima Nascimento
Valter Lima Nascimento, conhecido como Guinho ou Zoinho, foi preso na quarta-feira de forma temporária, no período de cinco dias. No domingo, a juíza estendeu por mais cinco dias a sua reclusão. Ele é apontado como braço-direito do maior fornecedor de drogas para essa facção criminosa, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho. Investigações mostram também que ele seria o elo entre o grupo e traficantes de outros países da América Latina.
Reginaldo Oliveira de Sousa
Assim como Valter Lima Nascimento, Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Rê, também tinha sido preso por cinco dias e teve a reclusão estendida por mais cinco neste domingo. Ele tem antecedentes por roubo e tráfico de drogas.
Patrick Uelinton Salomão
Conhecido como Forjado, Patrick Uelinton Salomão é alvo de um mandado de prisão expedido na última quarta-feira, mas que ainda não foi cumprido. A PF chegou a solicitar a conversão em preventiva, mas por estar com mandado pendente de cumprimento, Hardt alegou que não havia necessidade de prorrogação.
Antes da operação, ele já respondia por organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico e chegou a cumprir pena de 15 anos e 10 meses de prisão na Penitenciária Federal de Brasília, a qual deixou em fevereiro do ano passado.
Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan
Também alvo de um mandado de prisão ainda não cumprido, Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan é tido como um dos nomes importantes dentro da hierarquia da quadrilha, Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, conhecido como El Sid, possui anotações por roubo, tráfico de drogas, associação para o tráfico, além de homicídio. Em setembro do ano passado, após seus advogados entrarem com um pedido na justiça para que ele respondesse pelos crimes em liberdade, ele foi colocado nas ruas.
Claudinei Gomes Carias
Conhecido pelo codinome “Carro”, Claudinei está preso preventivamente desde quarta. Ele é acusado de ter alugado uma casa em Curitiba (PR) que seria usada no plano contra Sergio Moro e era responsável “pelas vigilâncias e levantamentos” sobre o senador, segundo a polícia. Os investigadores tiveram acesso a um vídeo gravado por Claudinei no dia 3 de fevereiro deste ano. A filmagem mostra a fachada do prédio onde Moro tem apartamento, na capital paranaense.
Herick da Silva Soares
Conhecido como Sonata, Herick também está em prisão preventiva. Ele é apontado nas investigações como “principal operacional de confiança” de Claudinei, o responsável pela contabilidade do grupo. Em uma das mensagens obtidas pelos policiais, Herick se reporta a Janeferson a respeito da compra de um imóvel.
Franklin da Silva Correa
Irmão de Herick, Franklin (ou Frank) está preso de forma preventiva. Ele tem 26 anos e é ligado à parte financeira da “restrita 05” e fazia o levantamento de possíveis vítimas da organização criminosa, de acordo com as investigações. É considerado um “funcionário” do grupo.
O Globo
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