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TRILHÕES DE PLANETAS DESGARRADOS VAGAM POR NOSSA GALÁXIA.

 

Planetas sem uma estrela, conhecidos como planetas desgarrados, podem superar em muito os mundos em órbita estelar na Via Láctea, de acordo com um par de estudos que serão publicados no The Astronomical Journal. Sem um sol, esses desgarrados vagam pelo cosmos sem fim e podem chegar a trilhões.

David Bannett, coautor de ambos os estudos e astrônomo do Goddard Space Flight Center da NASA, disse em um comunicado:

“Estimamos que nossa galáxia abriga 20 vezes mais planetas desgarrados do que estrelas – trilhões de mundos vagando sozinhos.

Esta é a primeira medição do número de planetas desgarrados na galáxia que é sensível a planetas menos massivos que a Terra”.

As descobertas são o resultado de uma pesquisa de nove anos que usou um fenômeno conhecido como microlente para detectar mundos distantes. 

Em poucas palavras, a microlente funciona através da imensa gravidade de um objeto massivo que pode distorcer a luz para criar lentes naturais que ampliam os objetos atrás dela.

O principal autor de um dos estudos, Takahiro Sumi, astrônomo da Universidade de Osaka, explicou no comunicado:

“A microlente é a única maneira de encontrar objetos como planetas flutuantes de baixa massa e até buracos negros primordiais.”

Outra percepção intrigante que os pesquisadores descobriram sobre esses mundos desgarrados é que eles tendem a ser menores, enquanto os planetas domésticos tendem a ser muito maiores, mais próximos de suas estrelas ou ambos.

Sumi explicou:

“Descobrimos que os desgarrados do tamanho da Terra são mais comuns do que os mais massivos. 

A diferença nas massas médias dos planetas com estrelas e desgarrados é a chave para entender os mecanismos de formação planetária.”

A disparidade de tamanho faz sentido. 

Os planetas menores que se formam em torno de uma estrela podem ser facilmente intimidados pela gravidade dos maiores no mesmo sistema. 

Com o tempo, suas órbitas podem se tornar mais distendidas pela passagem de gigantes planetários, até que o pequeno eventualmente se liberte de sua estrela, ficando desgarrado.

Encontrar exoplanetas – mundos além do nosso sistema solar – é um trabalho difícil, porque eles são literalmente ofuscados pela luz de suas estrelas. Felizmente, o trabalho do pesquisador receberá um grande impulso do próximo observatório da NASA, o Telescópio Espacial Roman, previsto para estrear em 2027.

“O Roman será sensível a planetas desonestos ainda de menor massa, uma vez que observará do espaço” disse o astrônomo da Universidade de Osaka Naoki Koshimoto, co-autor de um dos estudos, no comunicado.

Ele complementou:

“A combinação da ampla visão do Roman e da visão nítida nos permitirá estudar os objetos encontrados com mais detalhes do que podemos fazer usando apenas telescópios terrestres, o que é uma perspectiva emocionante.”

Com base nessas descobertas mais recentes, eles estão otimistas de que o Roman os ajudará a localizar cerca de 400 planetas desgarrados do tamanho da Terra e estão confiantes de que já detectaram um desses planetas invasores de massa terrestre.

(Fonte)


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