Como começar um negócio corretamente
Empreendedor experiente aos 27 anos, o americano Scott Gerber virou um oráculo para jovens que querem iniciar um negócio. Para ele, é perigoso ser original nos primeiros anos
Por Adriana Wilner
SCOTT GERBER |
QUEM É: dono da produtora de vídeos Sizzle it! e sócio de vários empreendimentos, de restaurantes à sites O QUE FAZ: é fundador da ONG Young Entrepreneur Council, colunista de veículos como Entrepreneur, Inc. e Wall Street Journal e autor do livro Never Get a Real Job SITES: www.nevergetajob.com / www.youngentrepreneurcouncil.com |
O americano Scott Gerber montou seu primeiro negócio aos 20 anos, enquanto cursava cinema na New York University. Era uma pequena produtora de vídeos que ele resolveu transformar em uma sofisticada empresa multimídia para fazer qualquer coisa para qualquer um. Tudo o que você possa imaginar deu errado. Gerber escolheu um nome para a empresa tão difícil de pronunciar que até hoje ele tem vergonha de dizer qual era. Os cartões de visita ficaram ilegíveis.
O primeiro cliente nunca pagou, e essa inadimplência deixou o negócio cheio de dívidas. Os quatro funcionários contratados foram demitidos em menos de duas semanas porque não havia mais dinheiro. Por falta de uma proposta convincente, Gerber perdeu contas para um competidor que depois o subcontratou para fazer os mesmos serviços por um valor menor.
A essa altura, você já deve imaginar o final: sim, o negócio fechou em menos de um ano. Sobraram US$ 700, com os quais ele montou o seu segundo e bem-sucedido empreendimento, batizado de Sizzle It!, para produzir vídeos que consigam surpreender consumidores em três a cinco minutos. A precoce experiência de fracassos também possibilitou que Gerber seja atualmente um prestigiado especialista em empreendedorismo.
Escreve colunas para veículos como Entrepreneur, Inc. e Wall Street Journal, fundou uma ONG chamada Young Entrepreneur Council para ajudar jovens a empreender no mundo inteiro e lançou há pouco um livro muito útil a quem pretende iniciar uma empresa, Never Get a Real Job. Aos 27 anos, seus conselhos têm feito eco por dois motivos: ele não é o tipo que esconde informação e nem gosta de meias-palavras. "O que eu aprendi e continuo aprendendo eu conto para os outros", diz ele nesta entrevista a Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
Como começar corretamente um negócio?
O principal é assegurar que sua ideia seja capaz de gerar caixa imediatamente. Eu não apostaria em sites grandiosos nem em qualquer tipo de produto. Se esse é o seu primeiro negócio, você deve evitar empreendimentos complexos e tirar o máximo de barreiras de entrada. É melhor começar com serviços, crescer, e aí sim verticalizar, diversificar, entrar em novos mercados.
Mas é fácil encontrar um mercado que dá retorno logo de cara?
Não é difícil. O problema é que as pessoas querem ganhar dinheiro rapidamente e isso faz com que acabem investindo no tipo errado de negócio. Você tem de pensar pequeno e simplificar. Em vez de investir milhares de dólares em um restaurante, por exemplo, comece a operar de casa apenas com um sistema noturno de entregas para seus vizinhos ou uma faculdade próxima. Tenha certeza, também, de que não está sendo original. Negócios não originais foram provados, já demonstraram que conseguiram fazer dinheiro no passado e podem ser bastante rentáveis. Um empreendedor de primeira viagem não deve pensar que tem de mudar o mundo e fazer algo que seja totalmente novo e inovador. Quando você tenta reinventar a roda é que corre o risco de se dar mal.
Há algo de comum em modelos de negócios bem-sucedidos? São ótimos aqueles em que você define uma tarefa e ganha dinheiro logo antes ou depois de executá-la. Também gosto dos modelos em que você consegue cobrar uma assinatura: isso dá uma consistência de caixa. Negócios que permitem às pessoas facilmente recomendar e falar de sua marca — e talvez possam ser remuneradas por isso — são interessantes. Em suma, quanto mais fácil você fizer o seu cliente comprar de você, melhor é o seu modelo de negócios.
Como começar corretamente um negócio?
O principal é assegurar que sua ideia seja capaz de gerar caixa imediatamente. Eu não apostaria em sites grandiosos nem em qualquer tipo de produto. Se esse é o seu primeiro negócio, você deve evitar empreendimentos complexos e tirar o máximo de barreiras de entrada. É melhor começar com serviços, crescer, e aí sim verticalizar, diversificar, entrar em novos mercados.
Mas é fácil encontrar um mercado que dá retorno logo de cara?
Não é difícil. O problema é que as pessoas querem ganhar dinheiro rapidamente e isso faz com que acabem investindo no tipo errado de negócio. Você tem de pensar pequeno e simplificar. Em vez de investir milhares de dólares em um restaurante, por exemplo, comece a operar de casa apenas com um sistema noturno de entregas para seus vizinhos ou uma faculdade próxima. Tenha certeza, também, de que não está sendo original. Negócios não originais foram provados, já demonstraram que conseguiram fazer dinheiro no passado e podem ser bastante rentáveis. Um empreendedor de primeira viagem não deve pensar que tem de mudar o mundo e fazer algo que seja totalmente novo e inovador. Quando você tenta reinventar a roda é que corre o risco de se dar mal.
Há algo de comum em modelos de negócios bem-sucedidos? São ótimos aqueles em que você define uma tarefa e ganha dinheiro logo antes ou depois de executá-la. Também gosto dos modelos em que você consegue cobrar uma assinatura: isso dá uma consistência de caixa. Negócios que permitem às pessoas facilmente recomendar e falar de sua marca — e talvez possam ser remuneradas por isso — são interessantes. Em suma, quanto mais fácil você fizer o seu cliente comprar de você, melhor é o seu modelo de negócios.
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