Brasil oferece US$ 7,5 mi através da ONU para refugiados palestinos
15 de dezembro de 2011 •
O Brasil vai fornecer US$ 7,5 milhões para apoiar à agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados palestinos, a UNRWA, a maior contribuição já feita por um país latino-americano ao organismo. "Brasil está muito preocupado com a situação humanitária em Gaza.
Acreditamos que a missão da UNRWA é essencial para atender às necessidades dos refugiados palestinos", disse a embaixadora brasileira na Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ligia Maria Scherer, ao fazer nesta quinta-feira o anúncio da doação em Gaza.
No evento, o responsável da UNRWA, Filippo Grandi, falou "emocionado" sobre a contribuição do Brasil. Grandi destacou a "crescente influência global" que o País exerce. "(A ajuda) não só proporciona apoio direto aos necessitados, mas demonstra que os refugiados seguem sendo uma preocupação global e seguirão recebendo apoio por parte do conjunto da comunidade internacional", ressaltou Grandi.
O anúncio foi feito em ato por ocasião de outra contribuição brasileira, de US$ 960 mil, em apoio à distribuição de alimentos e material educativo em Gaza. A escola feminina preparatória do bairro de Rimal foi palco da cerimônia, que contou com a participação de brasileiros residentes na faixa, assim como alunas do centro e seus pais.
No ano passado, o Brasil contribuiu com a UNRWA no valor de US$ 200 mil para o fundo geral, destinado à manutenção de escolas e clínicas, pagamento de salários e distribuição de ajuda, e outros US$ 500 mil em resposta ao chamado específico para Nahr al-Bared, um campo de refugiados palestinos no Líbano.
A agência foi criada em 1949 para auxiliar os 750 mil palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas terras pelas milícias judias e posteriormente pelo Exército israelense entre 1947 e 1949. Nesta quinta-feira, Jordânia, Síria e Líbano acolhem o grosso dos refugiados e seus descendentes. Em Gaza e Cisjordânia vivem apenas 1,8 milhão.
A UNRWA passa nos últimos anos por uma difícil situação econômica, causada principalmente pelo descumprimento de promessas de ajuda e do cansaço dos doadores diante de um problema longe de uma resolução.
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