Machucou a pintura do carro?

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Confira estas dicas para fazer uma reparação nota 10


Sabe aquela batidinha no carro, que não chega nem a danificar a pintura? O reparo desse “machucadinho” está virando um negócio de características próprias dentro das oficinas, já que tem uma série de vantagens para o reparador: é rápido, exige poucos equipamentos, a mão de obra necessária é pequena (uma pessoa só pode dar conta do trabalho)... 

O que não quer dizer que possa ser feito de qualquer jeito.

Mas você sabe diferenciar esse dano de um convencional, que exija mais da funilaria e até da pintura? A partir de que tamanho podemos chamar o amassado de microdano? Falamos que não era tão simples assim... 
Conhecer perfeitamente as características do microdano, e as melhores técnicas para esse reparo, é fundamental para que a seguradora saiba quanto deve pagar pelo reparo; companhia e oficina tenham uma noção mais correta de quanto tempo leva um trabalho desses; a oficina se organize para atender a este tipo de demanda da forma mais adequada possível – e isso diz respeito à mão de obra necessária, aos equipamentos corretos, ao espaço na oficina que esse tipo de trabalho precisa... 

Entendeu a importância de conhecer esse “machucadinho” mais a fundo? Então vamos lá... 

O tal do microdano

Para ser considerado dessa forma e para ter um reparo diferenciado, o dano até pode exigir pintura, mas não deve passar de 24 centímetros de perímetro (imagine um quadrado de 6 x 6cm). Partindo desse princípio, dá para classificar os microdanos da seguinte forma: 


Deformação sem dano à pintura
Vale observar bem a chapa para conferir

se a pintura está mesmo intacta.
Deformação distribuída
Deformação esférica e regular, pode ser uma

cavidade ou uma protuberância na chapa.
Deformação pontual
Tem um perfil de dano mais pontiagudo,
por ter sido causada por uma aplicação de força
em uma área bem específica, normalmente
por objetos pontiagudos.
Vinco
Esta deformação é causada por uma força que
se espalha ao longo de uma linha. Imagine
um objeto pontiagudo se arrastando sobre a chapa.
Ressalto
É a típica saliência que aparece no contorno do dano.
Costuma ocorrer quando o agente causador do dano
atinge a superfície da chapa com uma inclinação.
Deformação com dano à pintura
Ok, estragou a pintura... Mas continua sendo
microdano se não exceder os tais 6 x 6cm.
Dano à pintura sem deformação
É quando o risco na pintura não está associado
a um amassado, e não passa do tamanho micro
que acabamos de mencionar.


O que provoca um microdano? 

Pode ser um monte de coisa, e entender o que aconteceu ajuda a saber como deve ser o reparo. As causas podem ser:

Pequenos impactos provocados pelo choque de algo arremessado:pedras, fragmentos da rodovia que se soltam e colidem com o carro, chuva de granizo.

Pequenas batidas: quando alguém bate a porta do carro ao lado no seu veículo, “encostadinhas” entre carros (podem acontecer até na “cegonha” que transporta os automóveis).

Outros “encostos” Diversos: quando a pessoa erra o buraco da fechadura com a chave, alguém se apoia no carro vestindo calça jeans (que tem botões pontiagudos externos, etc.).

O que fazer? 

Cada vez mais difundidas entre as oficinas, há duas técnicas diferenciadas para tratar o microdano com a mesma excelência exigida dos danos maiores. Vamos a elas:

RSP (“reparação sem pintura”) 

Técnica de reparo de microdeformações em que não houve dano à pintura do veículo. Trata-se de uma técnica puramente artesanal, baseada principalmente na habilidade do funileiro com o “martelinho” na mão. A principal vantagem, além da rapidez no reparo, é a manutenção da pintura original do veículo. Mas, para isso, é preciso que o reparador tenha muito cuidado, para não danificar a pintura quando estiver consertando o amassado.

Microrretoque

Afetou a pintura? Então vai precisar de um retoque sutil (lembre que a área danificada é pequena). O microrretoque é uma variação do método convencional de repintura. Ele utiliza um tipo especial de verniz, que no final do trabalho se mescla perfeitamente com o restante não afetado da superfície da chapa – permitindo que a repintura só fique ali mesmo, na pequena área danificada.

As pegadinhas

Como foi dito no início dessa matéria, nem tudo é fácil e simples no reparo de microdanos. Confira os fatores que podem deixar o trabalho mais complicado e demorado.

SE NÃO AFETOU A PINTURA

Acesso ao dano – a deformação pode ser pequena, mas, dependendo de onde estiver localizada, pode ser muito difícil chegar ao dano, ou posicionar as ferramentas para fazer o reparo.

Formação de ressalto – a chapa é atingida de forma inclinada, formando uma saliência de dentro para fora do dano. Isso faz com que o reparo demore mais, já que, além da cavidade (o “buraco” do amassado), o funileiro tenha de corrigir a saliência também.

SE AFETOU A PINTURA

Deformação – no caso de superfícies metálicas, se é preciso fazer um preenchimento prévio do dano com massa poliéster, o tempo de reparo é maior.

Superfícies plásticas – se a avaria acontecer numa peça plástica, vai ser mais complicado reparar. Por quê? Porque, além da tinta, será preciso aplicar aditivos para que a superfície resista sem trincar. Quanto mais material aplicado, mais tempo leva para fazer o reparo. A palavra é produtividade

Além das características do reparo de microdanos, vale a pena lembrar o seguinte: de maneira geral, técnicas específicas, como a RSP e o microrretoque, costumam dar um banho em produtividade, se comparadas ao trabalho usual de funilaria e pintura – desde que aplicadas aos danos realmente pequenos.

Então, vale muito a pena adotar essas técnicas e, se você é de seguradora ou rede de concessionárias, sugerir que as oficinas parceiras trabalhem com este tipo de reparo.

Tudo vai ficar mais rápido, limpo e eficiente. Bom para as empresas, ótimo para o proprietário do veículo.

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