Notícia enviada em 22/10/2012 por Rodolfo Bonafim - São Paulo/SP |
O arco-iris tradicional, como nós o conhecemos, é formado basicamente pela refração da luz solar nas gotículas de água presentes na atmosfera após alguma precipitação, que as torna miríades de micro-prismas, decompondo a luz branca do Sol (aliás, o Sol não é amarelo, é branco, nós o vemos assim devido aos efeitos atmosféricos), em sete cores.
Já
o arco-íris de fogo, fotografado em 16 de Outubro deste ano, pela colega Meire
Ruiz em Itanhaém, região metropolitana da Costa da Mata Atlântica, a
tradicional Baixada Santista, parece-me à primeira impressão, de um fenômeno de
nuvem iridescente - um tipo de difração, causada por nuvens formadas por
gotículas e gotículas de água de dimensões quase iguais, iluminadas em direção,
oblíqua, compondo assim as cores do arco-íris comum (cada cor é difratada em
ângulos distintos).
Difração
é um fenômeno comum da luz, considerando que a mesma é composta por ondas. Em
1803, o físico Young realizou uma experiência demonstrando que a luz possuía
natureza ondulatória.
Ele a fez passar por uma abertura estreita e constatou
que, num anteparo instalado do outro lado, não surgia simplesmente uma linha
nítida, mas sim um conjunto de faixas luminosas de diferentes intensidades.
Isso explica a nuvem iridescente.
A
irisdescência ocorre cotidianamente em poças de óleo ou até em vitrais que
reproduzem halos, como aquele que levou muitos féis a crerem que se tratava de
uma imgagem da Virgem Maria na cidade de Ferraz de Vasconcelos, região
Metropolitana de São Paulo em 2002, fato que foi desmentido por pesquisadores,
com publicação na Revista FAPESP.
Bem,
fato miraculoso ou científico, é algo que chega a chamar muito o interesse de
todos.
Finalmente,
há ainda um outro tipo de arco-íris de fogo, o arco-íris circum-horizontal, que
em vez de ser formado por gotículas de água é formado por pequeníssimos prismas
de gelo, alinhados horizontalmente.
Ambos, a nuvem iridescente e o arco-íris
circum-horizontal, são fenômenos raros, portanto dou meus parabéns à argúcia e
persistência da Meire Ruíz!
A
Teoria da Conspiração prevê ainda que esses fenômenos são causados pelo projeto
HAARP, que utiliza tecnologia de ondas de rádio muito potentes concentradas num
raio que aquecem zonas da ionosfera.
Ao serem refletidas de volta à superfície
terrestre penetrariam em tudo (seres vivos ou não). De acordo com os adeptos da
teoria, seria uma forma de poder se controlar o clima, promovendo até mesmo a
formação ou intensificação de frentes frias ou furacões com a finalidade
principal de controle militar de outros países.
Na
verdade, o fato é que o fenômeno do arco-íris de fogo é perfeitamente natural e
se são ou não intensificados pelo HAARP é outra história.
O que
interessa mesmo é ter o conhecimento que as nuvens iridescentes ocorreram em
2009 em São Borja, Rio Grande do Sul e nas cidades paulistas de Nova Odessa e
de novo, em Itanhaém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário