A primeira propriedade a ser reintegrada foi a Fazenda São José, situada na região do Rio Santana, Município de Ilhéus, invadida pela 3ª vez em julho deste ano.
Foi encontrada totalmente suja e com a sede inteiramente destruída, caracterizando ato de vandalismo. Roubaram fechaduras, os espelhos dos banheiros, toda a fiação elétrica, lâmpadas, sofá, tanque de fibra e a produção do cacau.
Mesmo com a presença das autoridades, num gesto de afronta à Lei, o coordenador da Funai, Sr. Nícolas, que acompanhou a reintegração, sugeriu a seu Juvenal Correia, proprietário da fazenda reintegrada que se cadastrasse como índio, citando o exemplo da vizinha Isabel que se cadastrou e 'eles não estão mexendo com ela'.
'Tenho a impressão que estamos vivendo um outro tipo de ditadura. A ditadura da Funai, que ameaça aqueles que não querem virar índios'. Completou Juvenal.
Em seguida, os agentes seguiram para a fazenda Paraíso, do sr. Cloves Teles Maciel, onde, também, não encontraram ninguém, apenas os rastros de destruição.
Os agentes cumprirão mais dois mandados, sendo um na região vila Brasil, ao lado do Assentamento Ipiranga e outro na região da Serra das Trempes.
Ao Chegar na fazenda do Grupo Chaves, o que se viu foi uma correria só. Entre os evadidos, foi reconhecido o Cacique Cleildo, um ex-sem terra, hoje assentado do INCRA, que do nada virou índio e passou a ser cacique, infernizando aquela região.
Comenta-se que a fuga dos caciques Negão da Luz, Cleildo, Ivonete, entre outros não foi à toa, pois podem estar sendo procurados pela justiça devido ao grau de periculosidade que representam na zona rural.
A ação de reintegração de posse e o patrulhamento na região devem continuar e serão intensificadas.
Essas ações são frutos do movimento da Associação de Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerarema, que no dia dez de agosto ocuparam o aeroporto de Ilhéus em protesto contra as invasões.
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