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Senador tucano acusa colegas de serem corruptos e pede 'limpeza' no Senado

 

Sem citar nomes, Couto disse que há senadores que têm jatos particulares, casas luxuosas e "50 mil bois no pasto" sem condições de comprovar o seu patrimônio.

PARABÉNS A ESTE EXEMPLO DE SENADOR QUE SEMPRE COLOCOU O DEDO NA FERIDA. PARABENS AO PARÁ POR ESTE MARAJOARA EXEMPLAR
Senador Mário Couto
Conhecido por seus discursos inflamados no plenário, o senador Mário Couto (PSDB-PA) acusou nesta terça-feira (30) os senadores de serem corruptos e pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) promova uma "limpeza" no Congresso Nacional.
Da tribuna do Senado, o tucano disse que tem vontade de "cuspir na cara" de alguns senadores que enriqueceram "sem nunca terem sido nada na vida".
"Tem homem que dá vontade de cuspir na cara, porque eu sei que está aqui a penas duras do povo, que estão ricos porque roubaram a nação, o povo. Aproveitem, ministros do Supremo, limpem o Congresso Nacional. Vejam o patrimônio de cada senador. Não engavetem os processos desses ladrões que estão aqui", afirmou.
Sem citar nomes, Couto disse que há senadores que têm jatos particulares, casas luxuosas e "50 mil bois no pasto" sem condições de comprovar o seu patrimônio.

"Eles estão livres, andando dentro do parlamento, fazendo projetos perto de todos os outros senadores", disse.
O discurso de Mário Couto irritou as senadoras Lídice da Mata (BA), líder do PSB, e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), que cobraram medidas do comando do Senado contra o tucano.
"Está mais do que na hora de a Mesa Diretora tomar um posicionamento em relação a esses pronunciamentos, que, longe de ajudar, prejudicam muito o processo político brasileiro, a democracia e parlamentares de muito respeito que têm assento nesta Casa", afirmou Grazziotin.
Lídice da Mata disse que o senador quebrou o decoro parlamentar ao classificar todos os parlamentares de corruptos, numa generalização dos congressistas.
"Acabamos de ouvir o pronunciamento de um senador chamando todo o Senado e os senadores de ladrão. Eu não admito, acho que isto fere o decoro parlamentar."
As duas senadoras pediram que Mário Couto revele os nomes dos senadores "corruptos", sem tratar todos os parlamentares da mesma maneira.
"Se o senador tem alguma coisa contra algum político, tenha a coragem de dizer quem ele está acusando", afirmou Lídice.
Em defesa de Mário Couto, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que o colega de partido não teve a intenção de ofender todos os integrantes da Casa. "Ele não fez referência a nomes, abordou tese. Eu não creio que ele tenha tido o objetivo da generalização", afirmou o líder do PSDB.
Fonte: Folha de São Paulo 
ABAIXO A INTEGRA DAS DECLARAÇÕES DO SENADOR QU ALIÁS MERECE RESPEITO E APLAUSOS POR SUA ATUAÇÃO   
               


31/10/2012 - 16h20 Plenário - Pronunciamentos - Atualizado em 31/10/2012 - 19h25

Senadores cobram de Mário Couto que diga quem são os 'ladrões' do Congresso

Da Redação

O discurso polêmico feito nessa terça-feira (30) pelo senador Mário Couto (PSDB-PA), no qual pediu ao Supremo Tribunal Federal que, depois de condenar os envolvidos no escândalo do Mensalão, também apreciasse processos que envolvem integrantes do Congresso Nacional,voltou a ser debatido por senadores em Plenário nesta quarta-feira (31). Ana Amélia (PP-RS), Pedro Taques (PDT-MT) e Eduardo Suplicy (PT-SP) cobraram de Mário Couto que ele dê os nomes dos “ladrões” que disse existir na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e que não tratasse o assunto de forma generalizada.
- Na minha terra, há um ditado que diz ‘quem cala consente”. Eu não posso me calar. O senador Mário Couto jogou sobre os parlamentares desta Casa uma suspeita. Gostaria muito que o senador dissesse quem é o ladrão e não que fizesse afirmações generalizadas – reclamou Ana Amélia.
A senadora argumentou que imunidade parlamentar pressupõe responsabilidade e que todo o Senado “sangrou” este ano com a cassação do colega Demóstenes Torres. Sendo assim, “enxovalhar” a instituição de forma geral não seria um “bom serviço” à Casa e ao país. Já Pedro Taques (PDT-MT) defendeu que, se existem um ou mais  ladrões no Congresso, a obrigação de um senador é dizer seus nomes.
- Acredito na coragem do senador Mário Couto e nós temos de dar nomes aos bois: quem é ladrão tem de ser chamado de ladrão. Eu não sou ladrão e fiquei preocupado com essa generalização – acrescentou, no que foi apoiado pelo senador Eduardo Suplicy.
Em resposta aos colegas, Mário Couto afirmou que existem senadores que respondem a mais de 40 processos no Supremo Tribunal Federal e deputados federais com dezenas de processos na Justiça. Por isso, ele vai encaminhar ao Supremo Tribunal Federal ofício pedindo que esses processos sejam colocados em julgamento imediatamente. A intenção, explicou, é aproveitar o momento de limpeza da política, iniciado com a condenação dos réus do Mensalão.
- Eu vou ao Supremo Tribunal Federal, bater de porta em porta, de ministro em ministro, pedindo analise de processos que estão engavetados há anos e anos. Quero dizer aos ministros que aproveitem a oportunidade para limpar o Senado Federal, para limpar a Câmara Federal, que julguem com urgência aqueles processos que estão lá envolvendo senadores e deputados. Isso é a coerência de um senador que quer limpar esta Casa – explicou.
Mário Couto citou nominalmente apenas o petista José Genoino, condenado pelo STF por corrupção ativa e formação de quadrilha no processo do Mensalão e que pode assumir a vaga de deputado federal em janeiro, em substituição a um dos parlamentares que foram eleitos prefeitos no estado de São Paulo. Mário Couto não revelou outros nomes, justificando que, ao anunciá-los, incorreria no artigo 14 do Regimento Interno do Senado Federal que daria aos citados o direito à palavra em Plenário.
O senador disse ainda que não se permite mais conviver com essas pessoas, por não concordar, por exemplo, com a desigualdade financeira que elas demonstram em relação aos parlamentares “probos e de caráter”, que precisam de salário para sobreviver com suas famílias.
Mesa Diretora
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) disse que levará o caso à próxima reunião da Mesa Diretora do Senado, para que episódios “lamentáveis como esse não se repitam”. A senadora ressaltou que todos os senadores merecem respeito.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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