Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, 44% dos recursos apresentados tiveram como base a Lei da Ficha Limpa
Dos 6.454 recursos contra registro de candidatura que chegaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde o início da campanha, 3.545, ou 55%, ainda não foram analisados pela corte. Segundo levantamento do TSE, 2.830 (44%) do total de recursos tiveram base na Lei da Ficha Limpa. Até a última sessão da corte, realizada na quinta-feira, foram julgados 2.909 recursos; 678 originários de questões relacionadas à Ficha Limpa.
No mês passado, reportagem do site de VEJA já mostrara que o TSE não conseguiria julgar todos os recursos a tempo do 1º turno. A avalanche de processos, aliada ao pesado expediente de ministros envolvidos no julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), tornou o já moroso trâmite das ações ainda mais lento.
Isso significa que políticos eleitos podem perder o mandato já em exercício, uma vez que, no caso de candidaturas contestadas, o tribunal pode diplomar o segundo colocado, ou o que vem em seguida na lista de votações. Segundo o TSE, no entanto, haverá esforço para que, até o dia da diplomação dos candidatos vencedores, em 19 de dezembro, todos os recursos já estejam julgados.
Após as eleições deste domingo, dezenas de novos processos oriundos dos TREs devem ser recebidos pelo tribunal superior. Recursos relativos a compra de votos e abuso de poder devem entrar na fila para julgamento, o que pode, também, pôr em risco a diplomação e a posse dos vencedores.
Votações - As votações terão início no domingo às 8h e seguem até as 17h. O TSE informou que às 20h de Brasília cerca de 90% dos municípios já saberão os prefeitos eleitos. A previsão é que, até as 22h, todas as cidades já saibam seus vencedores.
São Paulo (SP) - A surpresa Russomanno
A tradicional batalha entre PT e PSDB ficou em segundo plano por boa parte do ano eleitoral em São Paulo. Na reta final, no entanto, o cenário começou a virar e o que se tem é uma chegada muito disputada entre Celso Russomanno, do PRB, José Serra, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT. A única certeza é que haverá segundo turno, mas não é possível prever quem participará dele.
Ao longo da campanha, inúmeras teses foram formuladas para tentar explicar o “efeito Russomanno” – o candidato chegou a ter 35% da preferência do eleitorado paulistano. De subproduto do lulismo a patrulheiro da nova classe média, passando pela figura do anti-Kassab e do candidato ideal de um eleitor conservador.
Mas, às vésperas do pleito, os eleitores parecem ter pensado melhor em seu voto. Talvez estimulados pelo fato de o passado pouco abonador do candidato do PRB ter vindo à tona.
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