Cirurgias plásticas íntimas são solução para falta de autosestima e desconfortona região. (Foto: iStock) Por Laura Bugelli | Yahoo! Brasil – sex, 9 de nov de 2012
A última recauchutada dada
no mundo das celebridades chamou a atenção do público: Geisy Arruda fez uma
rinoplastia (cirurgia plástica no nariz), uma lipoaspiração e uma cirurgia
plástica íntima.
Depois de declarar que seu órgão sexual mais parecia uma couve-flor,
a subcelebridade disse que esse último procedimento foi o mais importante para
ela e afirmou ter sido um grito de libertação e um belo reforço à autoestima.
“Agora ninguém me segura mais!”, afirmou nas redes sociais.
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Acabar com esse incômodo virou moda depois que
celebridades também fizeram essa cirurgia.
Geisy não foi a primeira figura conhecida que
resolveu mudar a anatomia dessa região. Casos de outras famosas, como o de
Ângela Bismarchi ou da ex-BBB Monique, também deram o que falar. Mulheres
anônimas também têm procurado esse tipo de cirurgia plástica, sejam elas jovens
ou maduras.
Porém, como toda cirurgia, é preciso consultar a
opinião de profissionais e se informar bastante antes de tomar qualquer
decisão. O cirurgião plástico do Hospital Samaritano, Alexandre Mendonça
Munhoz, esclareceu algumas dúvidas e curiosidades sobre esse tipo de
plástica.
Quais são os principais tipos de cirurgia íntima feminina e
como eles funcionam?
De acordo com Alexandre Mendonça Munhoz, os
procedimentos mais procurados pelas mulheres (90% vão atrás dessas plásticas)
são os conhecidos como Ninfoplastias (“as plásticas das Ninfas”), que visam
alterações na região dos pequenos lábios. Dentro dessa categoria ainda entram
três tipos de correção: o do excesso de volume, da flacidez e da assimetria.
Outros casos têm como objetivo aumentar o volume
vaginal. “Nessa situação, o cirurgião irá aplicar um enxerto de gordura na
região que se pretende modificar”, explicou Alexandre.
Por último e menos comum, existem as praticadas no
Monte de Vênus, quando o púbis é flácido ou avantajado. Nesse procedimento,
usa-se a técnica da lipoaspiração.
Qual o tempo de recuperação?
O médico explicou que esse tempo varia de acordo
com cada paciente, mas que, geralmente, após um período de três a sete dias a
mulher pode voltar às suas atividades normais. “Desde que não envolvam
exercícios físicos que exijam apoiar a região do períneo [andar de bicicleta,
por exemplo]”, alertou o cirurgião. Nesse caso, o tempo de espera deve ser
maior e ficará definido pelo próprio ginecologista.
A cirurgia em si é rápida, exigindo em torno de
uma hora de operação e com alta para a paciente no mesmo dia.
Quais são os cuidados pré-operatórios?
“Exames de sangue, cardiológicos... Todos aqueles
que são comuns a outros procedimentos [como cirurgia de varizes ou de
pálpebras]. A única diferença é a exigência de realizar um exame ginecológico,
para checar se não existe nenhuma alteração na região, como corrimentos e
infecções urinárias, que podem complicar a operação”, disse Alexandre.
Quais são os cuidados pós-operatórios?
Evitar atividades sexuais por um período de três
semanas a um mês, não realizar atividades físicas que apoiem a região íntima,
manter a higiene do local com uma ducha para evitar o atrito do papel higiênico
nos pontos e tomar a medicação prescrita pelo médico, que pode incluir
antibióticos ou antiinflamatórios na lista.
Existe algum risco nessas cirurgias?
Segundo o médico, apenas aqueles que existem em
qualquer outra. Pode ter infecção local ou dificuldade de cicatrização com
abertura dos pontos, mas apenas em casos raros.
Esses procedimentos alteram a sensibilidade no sexo?
Até alguns anos atrás, sim. As técnicas mais
antigas eram agressivas e, às vezes, até mutiladoras, com amputação dos lábios.
Porém, fiquem tranquilas. Para a nossa alegria, a ciência evoluiu e as técnicas
modernas visam preservar a sensibilidade e a enervação da área, mantendo a
anatomia normal e realizando mudanças apenas estéticas.
O que
leva as mulheres a procurar essas cirurgias plásticas?
Além da autoestima na hora do sexo, existem ainda
questões físicas, que influenciam na qualidade de vida. No caso de excesso de
volume, ele pode incomodar no contato com a calcinha, calça jeans (uma das
reclamações de Geisy), ao andar de bicicleta...
Para quem sofre com flacidez, ela atrapalha
principalmente a atividade sexual, inclusive dificultando, por vezes, o ato da
penetração masculina.
O único problema que não envolve necessariamente
um desconforto físico, mas é essencialmente uma questão estética é a
assimetria. “Muitas vezes a paciente ou o próprio parceiro dela se incomodam
com a diferença de tamanhos e isso importa muito. É um problema mais visual do
que necessariamente físico”, concluiu Alexandre.
Outro fator importante: segundo o cirurgião
plástico, 50% das mulheres que procuram ajuda têm alguma alteração funcional ou
infecções recorrentes, pois muitas vezes a região é abafada pelo excesso ou
flacidez e torna-se local propício para o desenvolvimento de doenças como a
candidíase.
Por que aumentou a procura por esse tipo de solução?
O cirurgião acredita que foi uma junção de fatores
que fez aumentar o interesse feminino por essas cirurgias plásticas: a maior
divulgação, maior liberade da mulher em buscar esses procedimentos,
esclarecimento sobre a parte médica dessa cirurgia plástica, recuperação rápida
da anestesia, melhora da técnica cirúrgica (resulta em menos complicações) e
uso de técnicas que alteram menos a estética da região.
Quem são as mulheres que procuram?
Toda mulher, depois de começar a praticar
atividades sexuais, passa a prestar mais atenção à área íntima, e por isso são
elas quem mais se interessam em corrigir possíveis problemas na região.
Quando elas são jovens, reclamam mais do excesso
de volume e as mais maduras querem acabar com a flacidez, muitas vezes
resultado da menopausa.
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