Atualizado: 29/11/2012 17:51
BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta quinta-feira, 29, que recebeu.
BRASÍLIA
- O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta
quinta-feira, 29, que recebeu na última quarta-feira da Justiça Federal de São
Paulo documentos sigilosos que envolvem o deputado federal Valdemar Costa Neto
(PR-SP) na Operação Porto Seguro, ação deflagrada pela Polícia Federal na
sexta-feira passada que desbaratou um esquema de venda de pareceres em órgãos
públicos federais.
O presidente da Câmara, contudo, disse que só vai poder
falar com "mais segurança" sobre o assunto depois que a área técnica
da Câmara analise o material recebido.
Na entrevista que deu assim que chegou à cerimônia de posse do
ministro Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, Marco Maia declarou que
fez uma rápida leitura da documentação. Segundo ele, constam conversas
telefônicas que citariam o parlamentar, já publicadas pela imprensa, e que não
teria nenhuma novidade. O presidente da Câmara acrescentou que a equipe técnica
vai analisar o conteúdo das 30 ou 40 páginas do inquérito sigiloso. Ele não
esclareceu se o deputado aparece conversando com integrantes do esquema ou é
citado nas conversas grampeadas.
A documentação sobre Costa Neto, que foi condenado no julgamento
do mensalão, foi remetida para o Supremo Tribunal Federal, foro competente para
investigar criminalmente deputados federais. Também foi encaminhado ao STF
documentos envolvendo outro deputado federal na operação, Sandro Mabel
(PMDB-GO).
Marco Maia, contudo, disse ter recebido apenas documentos do
deputado do PR. Em tese, a Câmara dos Deputados pode abrir um processo de
cassação caso encontre indícios de quebra de decoro cometido pelo parlamentar.
O presidente da Câmara repetiu que é a Casa - e não o Supremo -
quem dá a última palavra sobre a perda de mandato de parlamentares condenados.
No processo do mensalão, além de Costa Neto, os deputados federais Pedro Henry
(PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP) estão nessa situação. Os ministros do
Supremo vão decidir na semana que vem se os condenados no mensalão devem perder
o mandato imediatamente.
"Em julgamentos criminais ou em condenações de
parlamentares, a decisão final é da Câmara dos Deputados ou do Senado, de
acordo com o caso. Mas nós vamos debater isso, se, de fato, tiver uma posição
contrária por parte do STF a essa decisão, a este preceito
constitucional", afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário