CORRUPÇÃO CONTINUADA, ENCONTROS FORA DO PAÍS E DAS AGENDAS,
DIFICULDADES PARA LOCALIZAR DINHEIRO ILEGAL NO EXTERIOR E, MAIS UMA VEZ, AS
REUNIÕES DE VACCARI.
Na reunião da CPI da
Petrobras, convocada para ouvir o Ministro da Justiça do governo petista, José
Eduardo Cardozo, questionei sobre alguns fatos importantes que colaboraram para
o nível cada vez maior de desconfiança do governo petista.
Lembrei ao ministro
que ele participou da CPI dos Correios que culminou na prisão dos mensaleiros, que acompanhou tudo, e agora tem que,
novamente, defender um governo que se vê envolto na mesma sombra, só que em
proporção muito maior.
O que contribui muito também para a desconfiança, foi
motivo de questionamento: o encontro secreto de Dilma com o presidente do STF,
Ricardo Lewansdowski, em Portugal.
Também questionei sobre um encontro do
próprio Cardozo com o procurador geral da República, Rodrigo Janot, em Buenos
Aires, às vésperas da entrega ao STF da lista de políticos que deveriam ser
investigados pela corrupção na Petrobras.
Ambos não estavam previstos em
qualquer agenda. Cardozo, como era de se esperar, relativizou os dois encontros.
A Lava Jato já descobriu
em paraísos fiscais milhões de dólares da roubalheira na Petrobras.
E pelo
andar das investigações e de novas denúncias, muito mais deve aparecer. Lembrei
ao ministro que seria muito mais útil e transparente se o DCRI - Departamento
de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, que troca e busca
informações para localização e repatriamento de dinheiro ilegal no exterior,
estivesse ligado a Polícia Federal, como é na maioria dos países, mas que Lula
não quis que isso ocorresse e até hoje o órgão está ligado ao Ministério da
Justiça.
Se não fosse assim, talvez saberíamos, entre outras coisas, quem pagou
US$ 10 milhões ao publicitário Duda Mendonça, que admitiu na CPI dos Correios
ter recebido no exterior.
Para finalizar,
questionei o ministro sobre as reuniões feitas por Vaccari na sede do PT, no
ano de 2008, quando o ex-tesoureiro do PT que hoje está preso, ainda não era o
responsável pelas finanças do partido.
Cardozo disse que não sabia de nada,
mesmo sendo ele o secretário geral do PT no período.
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