◘ É LAMENTÁVEL O BRASIL TER COMO MINISTRO DA JUSTIÇA ESTE J.E.CARDOSO


CORRUPÇÃO CONTINUADA, ENCONTROS FORA DO PAÍS E DAS AGENDAS, DIFICULDADES PARA LOCALIZAR DINHEIRO ILEGAL NO EXTERIOR E, MAIS UMA VEZ, AS REUNIÕES DE VACCARI.
Na reunião da CPI da Petrobras, convocada para ouvir o Ministro da Justiça do governo petista, José Eduardo Cardozo, questionei sobre alguns fatos importantes que colaboraram para o nível cada vez maior de desconfiança do governo petista. 
Lembrei ao ministro que ele participou da CPI dos Correios que culminou na prisão dos mensaleiros, que acompanhou tudo, e agora tem que, novamente, defender um governo que se vê envolto na mesma sombra, só que em proporção muito maior. 
O que contribui muito também para a desconfiança, foi motivo de questionamento: o encontro secreto de Dilma com o presidente do STF, Ricardo Lewansdowski, em Portugal. 
Também questionei sobre um encontro do próprio Cardozo com o procurador geral da República, Rodrigo Janot, em Buenos Aires, às vésperas da entrega ao STF da lista de políticos que deveriam ser investigados pela corrupção na Petrobras. 
Ambos não estavam previstos em qualquer agenda. Cardozo, como era de se esperar, relativizou os dois encontros.
A Lava Jato já descobriu em paraísos fiscais milhões de dólares da roubalheira na Petrobras. 
E pelo andar das investigações e de novas denúncias, muito mais deve aparecer. Lembrei ao ministro que seria muito mais útil e transparente se o DCRI - Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, que troca e busca informações para localização e repatriamento de dinheiro ilegal no exterior, estivesse ligado a Polícia Federal, como é na maioria dos países, mas que Lula não quis que isso ocorresse e até hoje o órgão está ligado ao Ministério da Justiça. 
Se não fosse assim, talvez saberíamos, entre outras coisas, quem pagou US$ 10 milhões ao publicitário Duda Mendonça, que admitiu na CPI dos Correios ter recebido no exterior.
Para finalizar, questionei o ministro sobre as reuniões feitas por Vaccari na sede do PT, no ano de 2008, quando o ex-tesoureiro do PT que hoje está preso, ainda não era o responsável pelas finanças do partido. 
Cardozo disse que não sabia de nada, mesmo sendo ele o secretário geral do PT no período.

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