Gen Gilberto Pimentel Presidente do Clube Militar
06 de novembro de 2015
“É fato notório que não
temos governo”.
“Essa história de que o povo
brasileiro é pacífico, que não é dado a situações conflituosas e penosas, isso
tem um limite”.
“Temo que a paciência da
população se esgote e que exija a intervenção de forças repressivas”.
As frases acima têm grande
poder de fogo, pois foram pinçadas de uma entrevista concedida à “Revista Isto
É” desta semana por uma importante autoridade constituída.
Mas é exatamente
isso que os cidadãos com mínimo de discernimento, de responsabilidade e de amor
a este sofrido País, sentindo os riscos que corremos, vêm repetindo à exaustão.
E todos têm mesmo o direito
de manifestar seu sentimento de repúdio e, sobretudo, o dever patriótico de
denunciar a gravidade da situação: pobres e ricos, feios e bonitos, civis ou
militares.
Ou não vivemos a normalidade de um estado democrático?
Mais ainda, e é importante
enfatizar, faltou à autoridade entrevistada, nada menos que o ministro do
Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, explicitar que “forças
repressivas” visualiza como necessárias caso a “paciência da população se
esgote”.
Nós, que muito já vivemos e
conhecemos bem esse filme, sabemos bem que uma quebra da ordem pública na atual
conjuntura, não seria contida por simples forças policiais.
Por isso os
seguidos alertas de gente responsável, incluindo aí, claro, os militares.
Ninguém deseja ou sequer
admite retrocessos, mas a prova de que as instituições estão funcionando, como
acredita o ministro, só se confirmará se elas forem capazes de em tempo evitar
o pior.
Enquanto isso vamos
espernear, sim, todos, sem quaisquer exceções.
Afinal, a massa dos brasileiros
é constituída por gente honesta e trabalhadora, que por isso mesmo acompanha
com extrema preocupação o grave momento político nacional.
E a palavra do
ministro só ratifica a pertinência de nossas angústias.
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