ARQUIVO DO BLOG

🔴 SAIR ALGEMADO DO CONGRESSO É POUCO PARA JUCÁ.


 Publicado em 29 de dez de 2017
INSCRITO 116 MILSUBSCRIBE SUBSCRIBED UNSUBSCRIBE
O deputado pernambucano Jarbas Vasconcelos é
fundador do velho MDB, o partido que resistiu à ditadura sob o comando de
Ulysses Guimarães e o protagonismo destemido de Franco Montoro, Paulo Brossard,
Alencar Furtado, Chico Pinto, Cristina Tavares e tantos outros democratas. Seu
sucedâneo, o PMDB, perdeu-se no oportunismo ao longo de décadas, conduziu um
golpe contra a democracia e foi caracterizado pelo MPF como organização
criminosa. Num esforço para tapar o sol com a peneira furada da enganação, o
presidente do partido, Romero Jucá, propôs e aprovou o rebatismo do partido com
a velha sigla da resistência. E desencadeou uma feroz perseguição contra os
peemedebistas que discordam de seus métodos, não apoiam o governo Temer nem
suas políticas anti-nacionais e anti-povo. Um dos mais perseguidos é Jarbas
Vasconcelos, líder histórico do PMDB de Pernambuco, onde Jucá entregou a sigla
à oligarquia chefiada pelo senador Fernando Bezerra Coelho, que tal como Jucá,
é especialista em trocar de camisa e de partido para integrar o governo da
hora. Nesta quinta-feira Jarbas publicou artigo na Folha de S. Paulo onde ataca
duramente o comandante da organização e seu caciquismo, chegando a dizer: “É
necessário que um cidadão com a conduta de Romero Jucá, que parece debochar das
instituições e, sobretudo, do povo brasileiro, tenha o que merece. Sair
algemado do Congresso Nacional é pouco para quem tanto mal fez e faz ao pais.
Eu disse na tribuna da Câmara dos Deputados e reafirmo: não me curvarei. Estar
na trincheira e na resistência democrática lutando e combatendo homens como
Romero Jucá faz parte da minha vida e da história do partido que ajudei a
criar. E assim será. Sempre!” Diz ainda Jarbas, depois de relatar a intervenção
do comando partidário na seção pernambucana, que ele sempre liderou: “ Por
isso, é hora de as vozes e de as posturas contrárias a tudo isso se fazerem
presentes. É hora de outros membros do partido reagirem para evitar que esse
rolo compressor antiético e amoral siga em frente; caso contrário, ele atingirá
muitos daqui pra frente. Decidi ir contra essa maré nefasta que Jucá impõe ao
partido que ajudei a fundar. Decidi lutar em todas as frentes políticas e
legais possíveis. É isso que faço em meu Estado, onde acionei a Justiça. Vou
até as últimas consequências por entender que minha história, minha trajetória
de mais de 40 anos de vida pública, não vai ser manchada por uma pessoa como
Romero Jucá”. Ninguém desconhece o destemor de Jarbas Vasconcelos mas, por isso
mesmo, ele se arrisca a ter o mesmo destino da senadora Katia Abreu, que foi
expulsa do PMDB de Jucá por ter votado contra o golpe do impeachment, por ter
defendido a presidente eleita Dilma Rousseff e por ter criticado duramente e
votado contra a reforma trabalhista e outras políticas de Temer. Já os muitos
peemedebistas investigados por corrupção e outros crime, inclusive os que estão
presos, como Henrique Alves e Geddel Vieira Lima, não tiveram seus casos sequer
examinados pela tal comissão de ética do partido que expulsou Kátia. O mesmo
risco corre o senador Roberto Requião e outros peemedebistas que não se curvam
ao cacique Jucá. Triste fim para um partido que encarnou a resistência à
ditadura no Congresso, levando seu líder, Ulysses Guimarães, a enfrentar os
cães raivosos da repressão nas ruas da Bahia, e tantos outros combatentes à
perda dos mandatos pela força do AI-5.









Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM DESTAQUE

R$ 240 BILHÕES: VEREDITO DE ALEXANDRE DE MORAES SOBRE POUPANÇA ATINGE EM CHEIO BANCO CENTRAL E BANCO DO BRASIL.

  26/04/2024 às 9h21  Por: Lennita Lee Home  »  Agora  »  Banco Central: confira tudo sobre a autarquia   »  R$240 bilhões: Veredito de Alex...

POSTAGENS MAIS ACESSADAS