Aposentados devem ficar atentos a um novo golpe que tem sido
aplicado nos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). o mais
perigoso entre tantos anos.
O mais recente é a fraude da revisão do teto
previdenciário (Buraco Negro) para trabalhadores que se aposentaram entre os
anos de 1988 a 1991.
Dois casos recentes aconteceram Em Santa Cruz e Bangu, bairros
da Zona Oeste do Rio, onde aposentados receberam cartas supostamente enviadas
pelo INSS, com informações de que eles teriam direito à correção dos
benefícios, que prometiam aumento no valor da renda paga pelo órgão, podendo
chegar ao total do teto previdenciário pago pelo instituto, atualmente em R$
5.531,31.
Um dos aposentados que foi vítima do golpe e que prefere nãos e
identificar, conta que, após receber em casa uma carta assinada pelo INSS,
anunciando que tinha direito à revisão, recebeu a visita de duas pessoas que se
passaram por advogados, orientando que eles entrassem com um processo na
Justiça para pedir a correção do benefício,
Porém, para dar início ao processo,
ele teve que desembolsar R$ 6 mil.
Em seguida, os criminosos sumiram com o
dinheiro e não foram encontrados pelos números de telefone que informaram.
— Três dias após receber a carta recebi a visita de dois homens
que se apresentaram como advogados previdenciários, que me prometeram o aumento
da aposentadoria mediante o pagamento do valor.
Eles tinha todos os meus dados,
inclusive o número do meu benefício e detalhes da minha aposentadoria, como
valores e data em que me aposentei — detalha.
O aposentado diz que ainda não procurou a polícia por medo de
ser procurado novamente pelos criminosos.
Ele cona ainda que, frequentemente,
tem recebido ligações de pessoas que se dizem advogados, oferecendo aumento no
valor do benefício.
— Vou mudar o número de telefone da minha casa e do meu celular.
Nãos ei como eles conseguem minhas informações — questiona o aposentado.
Casos semelhantes também aconteceram em São Paulo, estado onde a
polícia já começou investigações para desarticular a quadrilha.
Em nota, o INSS informou que “reafirma que todos os dados e
informações de segurados e beneficiários da Autarquia são de caráter sigiloso e
adota, permanentemente, políticas no sentido de garantir a segurança das
informações constantes em seus bancos de dados.
Ainda de acordo com o INSS, nenhum órgão, empresa ou pessoa
física tem autorização para fazer contato, vender produtos ou apresentar
propostas financeiras ou jurídicas em nome do Instituto.
FIQUE ALERTA
O direito à revisão do buraco negro — período de 5/10/1988 a
5/4/1991, em que o INSS não aplicou corretamente a correção monetária sobre os
salários de contribuição (considerados na hora de conceder a aposentadoria).
A
partir da Lei 8.213, de 1991, a Previdência corrigiu o erro. Porém, a correção
dos benefícios ficou limitada ao teto previdenciário (valor máximo pago aos
segurados).
Os valores de contribuição que ficaram acima do teto foram
descartados pelo INSS e não entraram na revisão.
E o benefício ficou abaixo do
que deveria.
De acordo com dados da ouvidoria Geral da Previdência Social,
até julho deste ano já foram registradas 732 denúncias relatando fraudes.
Em
2016, foram cadastradas 948 manifestações na ouvidoria.
O segurado vítima de falsários, assédio ou golpes deve
apresentar denúncia à Ouvidoria do INSS (Central telefônica 135 ou http://www.previdencia.gov.br/ouvidoria/).
Qualquer denúncia apresentada será, de imediato, alvo de apuração da Autarquia
e do Governo Federal.
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