Biólogos das Nações Unidas alertam para emergência na maior
floresta do planeta
A floresta da Amazónia aproxima-se perigosamente de
um ponto de "não retorno" se a desflorestação ultrapassar os 20% da
sua área original, segundo biólogos da Fundação das Nações Unidas.
Num editorial publicado hoje na revista Science
Advances, os investigadores norte-americano Thomas Lovejoy e brasileiro Carlos
Nobre asseguram que a desflorestação da Amazónia alcançou cerca de 17% da sua
vegetação nos últimos 50 anos e advertem que, chegar ao limite de 20%, seria
chegar ao abismo climático.
A área amazónica produz aproximadamente metade da
sua própria precipitação pluvial ao reciclar a humidade à medida que o ar se
move desde o Oceano Atlântico, através da América do Sul, até ao oeste.
Esta humidade é importante para alimentar o ciclo
de água da Terra de forma mais ampla, e afeta o bem-estar humano, a
agricultura, as estações secas e o comportamento da chuva em muitos países da
América do Sul, advertem os especialistas.
Recentemente, fatores como as mudanças
climatéricas, a desflorestação e o uso generalizado do fogo, influirão no ciclo
natural da água nesta região, referem os biólogos.
Os estudos feitos até esta data, apontam para o
facto de que interações negativas entre estes fatores significam que o sistema
amazónico se alterará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário