Arqueólogos descobrem
81 aldeias "perdidas" na Amazónia
Cientistas encontraram geoglifos e vestígios de
numerosas aldeias pré-colombianas, onde terão habitado até um milhão de
pessoas, há 800 anos.
Um novo estudo publicado, esta terça-feira, pela
revista científica Nature Communications, promete
melhorar a nossa compreensão do passado, trazendo uma diferente perspetiva para
o futuro.
Um grupo de arqueólogos encontrou geoglifos e
vestígios de numerosas aldeias pré-colombianas, onde teriam habitado até um
milhão de pessoas, há 800 anos, na Amazónia.
Na bacia do Alto Tapajós, a noroeste de Mato
Grosso, longe dos rios principais, os investigadores encontraram 81 aldeias
"perdidas", com vestígios de presença humana, datadas de 1250 a 1500
depois de Cristo.
Os vestígios incluem vilarejos, fortificações,
cerâmicas, machados de pedra polida e geoglifos - os misteriosos desenhos na
terra que, vistos do céu, formam quadrados, círculos ou hexágonos.
O grupo de investigadores visitou 24 desses lugares
que descobriram através de imagens de satélite. As decobertas foram
impressionantes, sobretudo ao nível das dimensões das aldeias e do número de
habitantes.
Os arqueólogos descobriram pequenas aldeias com
cerca de 30 metros de diâmetro, enquanto outras eram fortificações com
aproximadamente 400 metros de diâmetro, contendo construções à volta de praças
e estradas submersas.
O estudo conjunto entre o Brasil e Inglaterra -
teve a participação de cientistas da Universidade de Exeter (Reino Unido), da
Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) e da Universidade do Estado de Mato Grosso (UEMT) - conclui
que nestas terão moraram entre 500 mil a um milhão de pessoas.
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