O Presidente russo Vladimir Putin apresenta armas nucleares "invencíveis" |
O presidente russo Vladimir Putin mostrou imagens novas de armas avançadas do exército russo, que não existem em mais lugar nenhum do mundo.
A Rússia começou o desenvolvimento de armas estratégicas invulneráveis para os sistemas de defesa anti-mísseis inimigos, anunciou esta quinta-feira o presidente da Rússia Vladimir Putin, na sua mensagem anual perante as Câmaras da Assembleia Federal.
Segundo a RT, que citou o presidente russo, nenhum país levava a Rússia a sério até que o país desenvolveu sistemas de armas de última geração, mas agora têm a prova de que deveriam começar a fazê-lo.
"Não fizemos segredo dos nossos planos. Sempre falamos deles abertamente para, antes de tudo, chamar os nosso aliados a dialogar. Foi em 2004. Surpreendentemente, apesar de todos os problemas que enfrentamos na economia, finanças, indústria de defesa e no exército, a Rússia permaneceu e permanece como a maior potência nuclear. Ninguém queria falar connosco. Ninguém nos ouvia. Ouçam agora", afirmou Putin.
O mandatário mostrou imagens de novas e avançadas armas do Exército russo. "Ninguém tem esta classe de armamento no mundo", apontou o presidente, assinalando que, quando os outros países conseguirem desenvolver um arsenal similar, já Moscovo terá desenvolvido "algo novo".
Sistema de mísseis Sarmat
Durante o discurso, Putin mostrou imagens do novo sistema de mísseis Sarmat, que não tem limites no que toca ao alcance e capacidade de portar ogivas nucleares.
"Nenhum sistema de defesa anti-míssil é impedimento para o Sarmat", assegurou, agregando que o novo míssil pesa mais de 200 toneladas.
Outro dos mísseis revelados pelo chefe de estado russo é o Avantgard, capaz de alcançar velocidades hipersónicas e manobrar por entre as densas camadas da atmosfera terrestre. O Avantgard será "como um meteorito", advertiu.
Além disso, também foi iniciado um pequeno sistema energético nuclear com o qual se equiparão os submarinos autónomos e os mísseis de cruzeiro. Com estes dispositivos, os mísseis de cruzeiro serão invulneráveis perante os sistemas de defesa anti-mísseis e terão um alcance ilimitado.
Sistema Kinzhal
Num dos vídeos, foi também exibido o sistema Kinzhal (Daga). Putin informou que o sistema já entrou em serviço nos aeródromos do Distrito Militar Sul em dezembro do ano passado.
"As características técnicas e de voo do avião portador permitem levar o míssil ao ponto de lançamento numa questão de minutos", destacou. "Ao mesmo tempo, o míssil que atinge velocidades hipersónicas e supera em 10 vezes a velocidade do som, é possível de manobrar em todas as secções da trajetória de voo", afirmou Putin.
"Isto permite-lhe superar todos os sistemas existentes e, acredito eu, todas as perspetivas de defesa anti-míssil e anti-aérea, levando as cargas convencionais e nucleares até 2.000 quilómetros de distância", detalhou.
Veículo submarino não tripulado
Putin anunciou também a criação de um veículo submarino não tripulado para grandes profundidades e distâncias intercontinentais. "A sua velocidade supera várias vezes a dos submarinos e torpedos mais rápidos. É fantástico", sublinhou o presidente.
Nas fronteiras da Rússia, criou-se uma "área de radio-localização única com um sistema de alerta de ataque com mísseis".
Assim, Putin detalhou que 80 novos mísseis balísticos intercontinentais entraram ao serviços em diferentes ramos das Forças Armadas russas. Enquanto que 12 divisões de mísseis estratégicos do Exército foram equipadas com os mísseis balísticos intercontinentais Yars.
Por outro lado, o presidente russo fez questão de esclarecer que o "crescente potencial militar da Rússia não ameaça ninguém": "O poderio militar russo é uma firme garantia da paz no nosso planeta, porque este poder mantém e continuará a manter um equilíbrio estratégico e um balanço de orças no mundo, o que continua a ser um fator chave da segurança internacional desde a II Guerra Mundial até hoje", ressaltou Putin.
Todos estes trabalhos realizam-se "no marco dos acordos vigentes no âmbito do controlo do armamento. Não violamos nada", concluiu o presidente.
ZAP //
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