THERMAS DE IBIRÁ◘ GRANDE HOTEL, HISTÓRIA QUE NÃO TEM PREÇO.

Mesmo com suas paredes pichadas e em ruínas, o Grande Hotel de Ibirá resiste: local virou queridinho de casais que querem fazer fotos aproveitando a imponente arquitetura colonial Pág. 3B
Mesmo com suas paredes pichadas e em ruínas, o Grande Hotel de Ibirá resiste: local virou queridinho de casais que querem fazer fotos aproveitando a imponente arquitetura colonial.
Um prédio em estilo colonial, postado numa área de 9,5 mil metros quadrados, chama atenção na paisagem pra quem chega a Thermas de Ibirá. Suas paredes em cor de creme e indefectíveis letreiros em vermelho sinalizam o lugar que nasceu no embalo dos grandes cassinos que tiveram sua época de ouro entre os meados das décadas de 1930 e 1940. A aposta alta de quem achava que o negócio seria "barbada", porém, revelou-se um grande azarão.
Construído em 1945, logo foi surpreendido pelo decreto-lei nº 9.215, de 30 de abril de 1946, assinado pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra, proibindo os jogos de azar no Brasil sob o argumento que "o jogo é degradante para o ser humano". Para historiadores, a esposa de Dutra, Carmela Teles Dutra, teria influenciado a proibição, motivada por sua forte devoção à Igreja Católica.
Mesmo tendo perdido precocemente sua vocação original, o Grande Hotel atravessou décadas cheia de charme, atraindo de casais apaixonados em lua de mel a artistas de passagem pela região.
O prédio conta com 82 apartamentos e capacidade para abrigar 200 hóspedes. O imóvel tem três salões de festa com palco e pista de dança, duas piscinas, playground e quiosques. Fechado há anos, a exibir as chagas da inatividade, o Grande Hotel está à venda. Segundo informou à reportagem a imobiliária de São Paulo responsável pela negociação, o valor (atualizado esta semana) é de R$ 10 milhões.
Mas o que não tem o preço é a história que a edificação hospeda. Ali, Vinícius de Moraes e Toquinho teriam tido típicas noites etílicas, regadas evidentemente a muita poesia e canção. Consta que teria rolado até uma ou outra composição.
Contam também que Waldemar Seyssel, o Palhaço Arrelia - falecido em junho de 2005 no Rio de Janeiro aos 99 anos - teria criado ali no salão principal do Grande Hotel o seu famoso bordão: "Como vai, como vai, como vai? Como vai, como vai, vai, vai? Muito bem, muito bem, muito bem. Muito bem, muito bem, bem, bem...". Teria sido para quebrar o gelo diante de um convidado sisudo que apertou sua mão com ar circunspecto e carrancudo.
Pelé, Rivelino e até Mazaroppi fizeram tabelinha ali. Um dos hóspedes mais assíduos foi o então governador Adhemar Pereira de Barros, em meados de 1940. (MC).

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