Desconto
do INSS no salário terá mudanças este ano.
A
partir de março, novos descontos serão aplicados
Com os novos valores aprovados na
Reforma da Previdência, os descontos da contribuição do INSS serão alterados a
partir de março sobre os salários de fevereiro. Agora, eles serão progressivos
e subirão de acordo com os ganhos dos trabalhadores brasileiros. A ideia
principal do novo modelo é cobrar menos de quem ganha pouco e mais de quem
possui renda maior.
Por enquanto, as contribuições seguem
iguais. Ou seja, quem ganha um salário mínimo (R$ 1.045, conforme o reajuste de
2020) pagará em janeiro e fevereiro o equivalente a 8% do valor. O maior
percentual pago é para os contribuintes que recebem o teto máximo do INSS, e
pagam o equivalente a 11% ao órgão.
Entretanto, com as mudanças, as
alíquotas vão de 7,5% a 14%. Neste modelo, quem recebe um salário mínimo terá
um desconto único de 7,5%. Já quem possui pagamentos entre R$ 1.045 e R$
2.089,60 será enquadrado na alíquota de 9%, mas pagará apenas pela diferença de
valor, e não pelo salário inteiro, já que o restante da renda será tributada
com a alíquota de 7,5%.
Na prática, quem recebe um salário de
R$ 1.400, por exemplo, terá 7,5% descontado dos R$ 1.045 e 9% sobre os R$ 355
restantes. Isso vale para todas as faixas salariais, e, para os servidores
públicos, pode chegar a 22%, caso recebam acima do teto de R$ 39 mil mensais.
Veja a tabela de alíquotas de acordo
com os rendimentos dos trabalhadores privados:
Salários (R$)
|
Alíquota
|
Até 1.045
|
7,5%
|
De 1.039,01 até 2.089,60
|
9%
|
De 2.089,61 até 3.134,40
|
12%
|
De 3.134,41 até 6.101,06 (teto)
|
14%
|
Desta forma, os trabalhadores que
contribuem com o teto do INSS pagarão cerca de R$ 713,62 reais mensais — R$
42,51 a mais do que pagam atualmente, que serão R$ 510,12 em um ano.
Para os servidores públicos, é
preciso saber se ele pertence ao regime antigo, que permitia a esses
trabalhadores se aposentar ganhando acima do teto, ou o regime atual, para os
que entraram a partir de 2013, quando foi instituído o regime de Previdência
próprio dos servidores.
Um funcionário público que pertence
ao regime antigo e que ganhe R$ 30 mil mensais terá uma cobrança de 16,12%, o
que equivale a R$ 4.835,83. Atualmente, ele paga 11%, ou R$ 3.300.
A cobrança
por ultrapassar o teto máximo de R$ 39 mil é de 22% sobre o valor que passa
dele. Sendo assim, um servidor que ganhe R$ 39.500 será cobrado a mais apenas
pelos R$ 500.
O recurso recolhido é usado para
pagar os rendimentos dos que já estão aposentados e também para a nomeação de
novos funcionários por meio do concurso INSS, como analistas, auxiliares e
médicos.
redepress
22 de janeiro de 2020
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