Tudo é controlado
pela forma como átomos se ligam e pela forma como essas ligações são quebradas.
Mas, esse processo tão essencial para a nossa existência ainda não havia sido
filmado em tempo real e em escala atômica. Pelo menos, não que os cientistas
envolvidos soubessem.
Isso porque as ligações químicas ocorrem em
escala muito pequena, cerca de meio milhão de vezes menor do que a largura de
um fio de cabelo humano. Portanto é um grande desafio filmar o processo.
Agora, como resultado do trabalho de cientistas
do Reino Unido e da Alemanha, podemos vislumbrar essa interação intrincada
enquanto ela ocorre. Uma publicação no Science Advances detalha como o vídeo de
18 segundos foi gravado. Com método avançado de uso de microscópio foi possível
capturar o momento de quebra de ligações químicas.
Como o registro
foi realizado
Para que esse momento pudesse ser registrado,
os cientistas aprisionaram em nanotubos estreitos de carbono um par de átomos
de rênio, elemento químico de metal muito denso e estável. Depois disso, os
cientistas adotaram uma técnica na qual um feixe de alta energia de elétrons é
usado para visualizar amostras e criar imagem.
Na gravação, dois átomos aparecem se movendo
separadamente em cilindros de carbono ocos. Aos poucos eles vão se aproximando
até que os dois pontinhos se fundem em um. Essa nova formação começa a se
distorcer e pula em diferentes ângulos até que a ligação seja quebrada.
No entanto os dois voltam a formar seu vínculo,
uma vez que não podem ficar longe por muito tempo.
Conforme muda o
ambiente que cerca os átomos, o vínculo entre eles também muda.
De acordo com o
estudo, nesse caso o vínculo enfraqueceu à medida que os átomos se moviam pelos
nanotubos.
Eles voltaram a se unir porque a atração é
muito grande para que possam resistir.
Além disso, os átomos ficam em estado
mais estável e gastam menos energia quando em par. [Inverse, University of
Nottingham]
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