A criticada
aproximação do juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de
Janeiro, tem um aparato político muito forte. Jair Bolsonaro quer que o amigo
de Sergio Moro entre na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro ainda neste
ano como candidato do Republicanos, partido aparelhado por evangélicos que tem
Edir Macedo, da Igreja Universal e dono da Rede Record, como líder.
Segundo informações da coluna de Lauro Jardim, a articulação já teria envolvido todos os atores e até mesmo o atual prefeito, Marcelo Crivella – que é sobrinho de Macedo -, estaria disposto a abrir mão da candidatura à reeleição.
Para concorrer, Bretas teria que deixar a magistratura até o dia 4 de abril. O juiz já teria se colocado à disposição de Bolsonaro para o posto de “ministro terrivelmente evangélico” do Supremo Tribunal Federal (STF). No Moro, aliando-se primeiramente ao bolsonarismo, antes de ganhar a cadeira entanto, parece estar disposto também a trilhar um caminho parecido com o de vitalícia na corte.
Bretas tem sido visto cada vez com mais frequência ao lado do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ). Ele tem mantido conversas privadas com o presidente e participado até de inauguração de obra.
No dia 16 de fevereiro, Bretas apareceu com Bolsonaro em duas situações. Ele esteve na inauguração da alça de ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha e depois em um vídeo cantando música entoada pelo missionário R.R Soares.
Ele chegou ao local no carro oficial do próprio presidente e subiu em um palco para discursos ao lado de ministros, prefeitos e deputados,
situação atípica para a função que exerce nos tribunais.
Na ausência do governador Wilson Witzel (PSC-RJ) — adversário declarado do presidente — acabou sendo a principal autoridade fluminense convidada para o evento.
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