MOSTROU QUE NÃO TEM ESTATURA PARA A POLITICA. É POR ISTO QUE ELE NÃO CRITICA MAIS O GOVERNO DO ESTADO E A PREFEITURA POR CAUSA DAS ENCHENTES QUE TANTO ESTRAGO TEM FEITO EM SÃO PAULO.
O jornalista vai se filiar ao MDB
depois do carnaval, mas tem dito reservadamente que seu projeto é disputar uma
vaga no Senado em 2022
Por Estadão Conteúdo
A aproximação entre o prefeito Bruno Covas (PSDB) e o apresentador José
Luiz Datena, que admitiu em entrevista ao Estado ser candidato
a vice na chapa do tucano, isola o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) na disputa pela Prefeitura de São Paulo e fortalece o governador e
presidenciável João Doria (PSDB).
O jornalista vai se filiar ao MDB depois do carnaval, mas
tem dito reservadamente que seu projeto é disputar uma vaga no Senado em 2022.
A prefeitura, disse Datena a interlocutores do partido, seria uma “zeladoria”
que ele não estaria disposto a assumir.
Pelo acordo selado com os emedebistas, o apresentador da TV
Bandeirantes teve assegurada a vaga de candidato ao Senado nas próximas
eleições gerais, o que abriu caminho para o MDB subir no palanque de Covas.
Depois de ser tratado pelos bolsonaristas como o nome de Bolsonaro na capital,
Datena deu declarações “dispensando” o apoio do presidente.
O gesto levou o presidente da Federação das Indústrias de
São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (MDB), a sair das negociações. Derrotado na
disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2018, Skaf tornou-se o principal
aliado de Bolsonaro em São Paulo e vai assumir o comando do Aliança pelo Brasil
– partido que o presidente tenta tirar do papel – no Estado. É pela futura
legenda bolsonarista que o empresário planeja disputar novamente o governo.
A possibilidade de ser vice de Covas foi ventilada por Datena após um almoço
com o prefeito no último fim de semana. A aproximação entre os dois foi
articulada pelo deputado Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB.
Trata-se de um jogo ensaiado, já que Covas tem dito que vai
definir o nome de seu vice à meia-noite da véspera do prazo final da Justiça
Eleitoral. A declaração do apresentador ajudou politicamente o tucano, que vem
sendo pressionado pelo DEM – dono da maior bancada na Câmara dos Vereadores e
aliado histórico dos tucanos – a escolher um vice da sigla.
Para Doria, o isolamento de Bolsonaro na capital enfraquece
seu principal adversário na disputa pela Presidência em 2022 no maior colégio
do Brasil. Para os “doristas” seria melhor que um petista vencesse na capital
do que um aliado do Palácio do Planalto. A articulação entre Covas e o MDB
passou pelo Palácio dos Bandeirantes.
Palanque
O MDB será o sexto partido, fora o PSDB, no arco de
alianças de Covas, que terá o maior tempo de exposição na televisão e rádio no
horário eleitoral gratuito, veiculado entre 28 de agosto e 1º de outubro. Já
estão fechados com ele o PSC, Podemos, Cidadania DEM e PL.
Os operadores políticos do prefeito também mantêm conversas
sistemáticas com o Republicanos (ex-PRB), que cogita lançar novamente o
apresentador e deputado Celso Russomanno na disputa na capital.
A bancada do
partido prefere apoiar Covas, mas a decisão final será do presidente nacional
do Republicanos, Marcos Pereira. Um dos cenários ventilados é que Russomanno
seja vice do prefeito.
O entorno de Bruno Covas também vem negociando com outras
siglas menores com intuito de, nas palavras de um auxiliar do tucano, montar
uma “infantaria” de candidatos a vereador. A meta é chegar a 10 ou 12 partidos,
o que garantiria o apoio de 1.000 candidatos (ou 50% do total de postulantes a
vereança) levando o nome do prefeito.
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