Quarenta anos depois da morte de
Ettore Bugatti em 1947, a lendária marca foi adquirida por Romano Artioli, um
homem de negócios italiano, com o intuito de a reviver na forma de um
supercarro sem rival.
Artioli escolheu Modena para construir a moderna fábrica, a mesma cidade da
Ferrari, Lamborghini e Maserati, uma vez que era onde o know-how para
este tipo de automóveis se encontrava.
O primeiro EB110 de produção, assim chamado para assinalar os 110 anos do
nascimento do fundador original, saiu das instalações em 1992.
Desenhado por Marcelo Gandini, embora com
alterações introduzidas por Gianpaolo Benedini, e por Paolo Stanzani,
co-criador do Lamborghini Miura e Countach, o EB110 era muito avançado para a
época. Com um chassis em fibra de carbono, construído pela Aerspatiale, um
motor V12 de 3.5 litros e uma caixa de seis velocidades, este Bugatti só com
estas características já seria interessante. Mas o conceito foi levado ao
extremo e foi dotado ainda de tracção integral, quatro turbo-compressores e cinco
válvulas por cilindro.
Toda esta tecnologia era envolta numa carroçaria
de dimensões muito compactas. A aderência, agilidade e o prazer de condução,
sem ter em conta as condições atmosféricas, foram os factores primordiais na
concepção deste modelo. O EB110 oferecia um comportamento acima de qualquer
outro supercarro rival.
Esta versão, o GT, oferecia 550 cv de potência e
atingia os 342 km/h de velocidade máxima, demorando menos de quatro segundos
para chegar aos 100 km/h, eclipsando o Ferrari F40, na altura o automóvel
italiano mais rápido. Obviamente, todas as atenções foram para as prestações e
para o preço, que na altura se situava em 330.000€, mas o EB110 era também um
produto excepcionalmente bem construído e dotado de um habitáculo espaçoso e
muito bem equipado.
De salientar ainda dois dos recordes de
velocidade obtidos pelo EB110. A 3 de Julho 1994, uma versão GT equipada com um
sistema de alimentação a gás metano atingiu 344,7 km/h no Circuito de Nardo,
melhorando o valor da versão de produção. Em Março de 1995 uma versão
modificada do Super Sport atingiu 296,34 km/h sobre o gelo, na Finlândia.
Foram produzidos menos de 130 exemplares deste
modelo, sendo 95 da versão GT. Entre os clientes importantes da marca
encontrava-se Michael Schumacher, o conhecido piloto de Fórmula 1.
Este EB110 GT, com o chassis nº39054 e produzido
em 1993, foi matriculado novo em Portugal e esteve sempre no nosso país. Foi
especificado no tradicional azul Bugatti, apanágio da marca, e tem como
equipamento opcional as jantes de sete raios que equipavam de serie a versão
Super Sport do mesmo modelo.
Veja a galeria em baixo com algumas das melhores
imagens do Bugatti EB110 GT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário