· Um funcionário da companhia aérea Azul foi elogiado até pelo presidente
da empresa depois de ajudar uma família de surdos que caiu num golpe e não
tinha para onde ir.
· O pai, a mãe e três filhos são do Mato Grosso do Sul. Eles estavam no
Aeroporto de Campo Grande, de onde embarcariam para visitar um familiar em
estado terminal no Recife.
· Mas quando viu os bilhetes, o atendente Raphael Cavaleiro, constatou que
eles eram falsos.
· Conversando com a filha ouvinte, de 9 anos, ele descobriu o golpe que a
família caiu e que não tinha dinheiro para comprar novos bilhetes. A menina
contou que o pai estava desempregado e eles haviam vendido tudo o que tinham
para ir morar com o avô.
· O golpe
· Raphael descobriu que a compra das passagens falsas foi feita pelo
Facebook.
· Em conversa de WhattsApp, o golpista enviou um boleto no valor de R$
1.400 destinado a Agência de Turismo Ltda. Após o pagamento, o telefone do
casal foi bloqueado pelos golpistas e eles não conseguiram mais nenhum contato.
· Foi a menina ouvinte quem explicou aos pais, em Libras, que eles tinham
caído num golpe. Naquele instante, Raphael viu uma lágrima escorrer, enquanto
ela tentava manter a calma.
· Pai de duas meninas, de 11 e 12 anos, o atendente da Azul pediu licença
e foi até a área restrita aos funcionários para chorar.
· “Me perguntei por que as pessoas fazem isso? Como tem pessoas más. […] A
menina era igual minha filha mais nova, o mesmo trejeito. Quando ela falou que
eles nem cama tinham mais, eu pensei: cara, eles não vão conseguir nem voltar
pra trás”, relembra.
· A atitude
· Emocionado, Raphael conversou com o coordenador e disse que queria
ajudar o casal.
· Ele usou o próprio cartão de crédito e pagou a maior parte das
passagens. O casal deu o dinheiro que tinha para chegar aos R$ 2 mil dos
bilhetes.
· “Falei pra menina: o tio vai te ajudar e pagar o restante, mas vocês não
vão deixar de viajar”, disse o atendente, que manteve toda a discrição para que
a família não se sentisse constrangida.
· No calor do momento, eles agradeceram, se despediram e embarcaram, mas
nenhum contato foi trocado para que pudessem conversar depois.
· Postura elogiada
· O caso aconteceu no começo do mês, mas só foi divulgado no último fim de
semana.
· Colegas de trabalho de Raphael contaram o que ele fez para a chefia e o
caso chegou ao conhecimento do presidente da Azul, John Rodgerson.
· “Quando tomei conhecimento do caso, fiz questão de ligar pro Raphael e
agradecê-lo. Alguns tripulantes, assim como eu, ficaram comovidos com a
história e nós da Azul fizemos questão de reembolsar integralmente o valor
gasto por ele. Fica aqui o nosso muito obrigado e parabenizações à sua atitude!”,
escreveu John.
· O reconhecimento ao trabalho também veio com uma postagem que o
executivo fez nas redes na última sexta, 19, elogiando a postura do Raphael
Cavaleiro.
· “O mais surpreendente foi a atitude de um dos nossos tripulantes da
base, o Raphael Leiva Cavaleiro, que nos mostra que ao contrário da covardia
dos bandidos, há pessoas que pensam no próximo e fazem o bem!”, afirmou o
presidente da Azul.
· Modesto, Raphael disse apenas: “Nós somos incentivados a ter essa sensibilidade e é por isso que nos diferenciamos das demais companhias”, concluiu.
Fonte Só Notícia Boa.
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