PLYMOUTH BELMONT ► O PROTÓTIPO QUE PODERIA TER RIVALIZADO COM O CHEVROLET CORVETTE.

 

Jornal dos Clássicos

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O Plymouth Belmont, a par do DeSoto Adventurer, foi o primeiro automóvel com carroçaria construída em fibra de vidro reforçada com plástico da Chrysler. A ideia partiu de K. T. Keller, presidente da Chrysler na época, para criar um desportivo que rivalizasse com o Chevrolet Corvette. Dessa forma, contactou a Briggs Manufacturing Company, que na época produzia imensas carroçarias para a Ford e para a Chrysler tendo sido adquirida pela última, para a construção do protótipo.

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A sua apresentação ocorreu no Salão Automóvel de Chicago de 1954. Inicialmente, a carroçaria foi pintada de Azure Blue, sendo depois pintada de vermelho, tal como se apresenta hoje. 

Existiu algum desentendimento no que toca ao responsável pelo desenho do automóvel, sendo que era atribuído a Virgil Exner. No entanto, na sua autobiografia, lançada em 2007, ele atribui o desenho do Belmont a William “Bill” Robinson, que foi quem realmente o desenhou.


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A carroçaria é descapotável, com capota de lona que é guardada atrás dos bancos, e foi assente num chassis convencional de 2900 mm de distância entre eixos. No interior tem espaço para dois ocupantes.


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O Belmont está equipado com um motor V8 Red Ram 241 da Dodge, de 3,9 litros de cilindrada e com um carburador Stromberg WW-3-108, que produz cerca de 150cv. Este protótipo fica também para a história por ter sido o primeiro automóvel da Plymouth equipado com um motor V8. 

Acoplado ao motor está uma caixa semi-automática Hy-Drive, de três velocidades, que é no fundo uma caixa manual com conversor de binário, sendo que é possível selecionar uma velocidade, e continuar sempre com essa mesma velocidade engrenada.

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Se a sua produção tivesse avançado, este poderia ter “roubado” alguns clientes ao Chevrolet Corvette e ao Ford Thunderbird e a história dos primeiros desportivos americanos seria escrita de outra forma.

A razão pela qual a Chrysler decidiu não avançar para a produção veio em 1955. Devido ao seu desenho algo conservador, de terem utilizado diversas peças que já existiam em outros automóveis da marca e o facto de as vendas iniciais do Corvette terem sido fracas.

Após a sua construção, o Belmont foi utilizado em diversos filmes e adquirido pelo próprio Virgil Exner, para salvar o protótipo da destruição. Em 1968 foi vendido, passando por diversos proprietários, sendo que chegou a um ponto em que foi necessário submetê-lo a um restauro. 

Este restauro foi levado a cabo por Mike Fennel Restorations, quando Don Williams o adquiriu para a sua Blackhawk Collection, altura em que o pintou de vermelho. Na sua história mais recente foi várias vezes oferecido em leilão, sendo a última vez em 2020 pela Mecum, não se sabendo qual o valor da venda.

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