☼Esquerda americana celebra discurso de Obama☼


Nesta quinta-feira, a esquerda dos Estados Unidos está em festa. Na quarta-feira, após meses sendo pressionado por deputados e senadores republicanos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um discurso de  44 minutos no qual prometeu cortar a dívida americana em US$ 4 trilhões.

No discurso, Obama prometeu uma estratégia de acordo com os princípios defendidos por seu partido, o Democrata, e refutou o polêmico projeto de Paul Ryan, um representante (deputado) republicano, que propôs grandes cortes na saúde pública e a manutenção de cortes de impostos para os mais ricos. "Enquanto eu for presidente, isso jamais vai acontecer", disse Obama.
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E.J. Dionne Jr., um dos articulistas de esquerda do The Washington Post, escreve em sua coluna que "o presidente foi inequívoco ao argumentar que as raízes de nossos problemas fiscais estão nos cortes de impostos feitos na última década [leia-se governo Bush] que não podemos sustentar":
Houve uma grandeza no discurso de Obama que foi um alívio após sua recente transformação em um juiz [do debate sobre o orçamento]. "Acreditamos que para preservar nossas liberdades e perseguir nossa alegria, não podemos pensar apenas em nós mesmos", disse ele. "Temos que pensar sobre o país que tornou essas liberdades possíveis. Temos que pensar sobre nossos conterrâneos com quem dividimos uma comunidade". Obama está de volta ao jogo, e é aí que ele precisa ficar".
O blog The Caucus, do jornal The New York Times, traz uma coletânea de elogios a Obama feito por aqueles que compartilham de suas ideias, mas que temiam ver o presidente sucumbir diante da recente força dos republicanos. Um texto particularmente importante é de Steve Benen, blogueiro do Washington Monthly:
Ele escreveu que "o que fez suas observações especialmente satisfatórias foi sua defesa de uma visão progressiva. O presidente defendeu seu ponto de vista ao lembrar à audiência que o governo, as instituições do Estado de bem-estar social e o moderno pacto social merecem uma defesa intrépida".
Vale lembrar que, por mais ideologia que exista por trás das palavras de Obama, há também uma boa dose de pragmatismo. Desde o início do mês, Obama está em campanha para as eleições de 2012, e não vai conseguir votos de eleitores democratas e independentes aceitando bandeiras defendidas pelos republicanos, e consideradas altamente impopulares em sua base eleitoral.

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