Extraído de: PPS - 01 de Junho de 2011 CATIA SEABRA/MARIA CLARA CABRAL DE BRASÍLIA
OS NEGÓCIOS DO MINISTRO
Gleisi diz a Lula que, ao contrário do mensalão, enriquecimento é projeto pessoal. Ao pressionar o governo para tentar aprovar lei, Garotinho afirma que Palocci é um "diamante de R$ 20 milhões"
Enfraquecido pela crise aberta após a revelação da multiplicação de seu patrimônio, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, é alvo cada vez maior de fogo amigo, vindo tanto de aliados quanto de petistas. Defensora do governo Dilma no Congresso, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sugeriu ao partido a saída de Palocci do governo.
Mulher do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), a senadora expôs sua opinião durante almoço que ofereceu, na semana passada, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, na Câmara, o ex-governador do Rio de Janeiro e deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) usou abertamente a crise para pressionar o governo a aprovar uma medida que cria um piso salarial para policiais. Ele disse que os deputados que defendem o piso devem pedir a convocação do ministro para depor. "Temos uma pedra preciosa, um diamante que custa R$ 20 milhões, que se chama Antonio Palocci", disse, referindo-se ao faturamento do ministro no ano eleitoral de 2010, revelado pela Folha.
MAL-ESTAR Os ataques a Palocci se intensificaram na semana passada, depois que a crise fez o governo ser derrotado na votação do Código Florestal e acirrou os ânimos entre governo, aliados e petistas. Aliados, PMDB à frente, querem maior participação nas decisões de governo, aprovar questões de seu interesse e acelerar as nomeações no segundo escalão. Os petistas se queixam, sobretudo, do desconforto de ter que dar explicações públicas sobre a evolução patrimonial do ministro. O primeiro petista ilustre a reclamar foi o governador da Bahia, Jacques Wagner. Em entrevista a uma rádio, ele cobrou explicações e disse que a evolução patrimonial do chefe da Casa Civil "chama a atenção".
MENSALAO Gleisi, segundo participantes do almoço com Lula, perguntou ao ex-presidente se era "estratégico" mobilizar o governo e sua base em defesa de um projeto pessoal -em referência à evolução patrimonial de Palocci. A senadora chegou a comparar o momento atual ao escândalo do mensalão. Gleisi, segundo participantes, disse que os mensaleiros cometeram erros graves em nome de um projeto coletivo. E que esse não era o caso de Palocci. Procurada pela Folha, a senadora não quis reproduzir o conteúdo de sua intervenção no almoço. Garotinho, ao defender a votação do piso salarial de policiais, lembrou que o governo foi obrigado a voltar atrás da distribuição de um kit anti-homofobia: "A bancada evangélica pressionou e o governo retirou o kit gay. Vamos ver agora quem é da bancada da polícia. Ou vota, ou o Palocci vem aqui [ao Congresso]." O governo vem se desdobrando para que Palocci não seja convocado a depor no Congresso sobre sua evolução patrimonial.
Como revelou a Folha, ele multiplicou seus bens atuando como consultor no período em que exerceu mandato de deputado (2006-2010). Autor: Folha de S. Paulo
Extraído de: PPS - 01 de Junho de 2011
CATIA SEABRA/MARIA CLARA CABRAL DE BRASÍLIA
OS NEGÓCIOS DO MINISTRO
Gleisi diz a Lula que, ao contrário do mensalão, enriquecimento é projeto pessoal. Ao pressionar o governo para tentar aprovar lei, Garotinho afirma que Palocci é um "diamante de R$ 20 milhões"
OS NEGÓCIOS DO MINISTRO
Gleisi diz a Lula que, ao contrário do mensalão, enriquecimento é projeto pessoal. Ao pressionar o governo para tentar aprovar lei, Garotinho afirma que Palocci é um "diamante de R$ 20 milhões"
Enfraquecido pela crise aberta após a revelação da multiplicação de seu patrimônio, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, é alvo cada vez maior de fogo amigo, vindo tanto de aliados quanto de petistas.
Defensora do governo Dilma no Congresso, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sugeriu ao partido a saída de Palocci do governo.
Mulher do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), a senadora expôs sua opinião durante almoço que ofereceu, na semana passada, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ontem, na Câmara, o ex-governador do Rio de Janeiro e deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) usou abertamente a crise para pressionar o governo a aprovar uma medida que cria um piso salarial para policiais.
Ele disse que os deputados que defendem o piso devem pedir a convocação do ministro para depor.
"Temos uma pedra preciosa, um diamante que custa R$ 20 milhões, que se chama Antonio Palocci", disse, referindo-se ao faturamento do ministro no ano eleitoral de 2010, revelado pela Folha.
MAL-ESTAR
MAL-ESTAR
Os ataques a Palocci se intensificaram na semana passada, depois que a crise fez o governo ser derrotado na votação do Código Florestal e acirrou os ânimos entre governo, aliados e petistas.
Aliados, PMDB à frente, querem maior participação nas decisões de governo, aprovar questões de seu interesse e acelerar as nomeações no segundo escalão.
Os petistas se queixam, sobretudo, do desconforto de ter que dar explicações públicas sobre a evolução patrimonial do ministro.
O primeiro petista ilustre a reclamar foi o governador da Bahia, Jacques Wagner. Em entrevista a uma rádio, ele cobrou explicações e disse que a evolução patrimonial do chefe da Casa Civil "chama a atenção".
MENSALAO
MENSALAO
Gleisi, segundo participantes do almoço com Lula, perguntou ao ex-presidente se era "estratégico" mobilizar o governo e sua base em defesa de um projeto pessoal -em referência à evolução patrimonial de Palocci.
A senadora chegou a comparar o momento atual ao escândalo do mensalão.
Gleisi, segundo participantes, disse que os mensaleiros cometeram erros graves em nome de um projeto coletivo. E que esse não era o caso de Palocci.
Procurada pela Folha, a senadora não quis reproduzir o conteúdo de sua intervenção no almoço.
Garotinho, ao defender a votação do piso salarial de policiais, lembrou que o governo foi obrigado a voltar atrás da distribuição de um kit anti-homofobia:
"A bancada evangélica pressionou e o governo retirou o kit gay. Vamos ver agora quem é da bancada da polícia. Ou vota, ou o Palocci vem aqui [ao Congresso]."
O governo vem se desdobrando para que Palocci não seja convocado a depor no Congresso sobre sua evolução patrimonial.
Como revelou a Folha, ele multiplicou seus bens atuando como consultor no período em que exerceu mandato de deputado (2006-2010).
Como revelou a Folha, ele multiplicou seus bens atuando como consultor no período em que exerceu mandato de deputado (2006-2010).
Autor: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário