Hackers e Crackers: as diferenças

Alguns acham que o primeiro termo se refere àqueles que invadem sistemas, como aconteceu recentemente com o Governo. Será que é isso mesmo?
Na teoria, "hackers" são aqueles que modificam software e hardware de computadores. Para isso, eles podem tanto desenvolver novas funcionalidades ou simplesmente adaptar outras já existentes. "Ele não tem um conhecimento acadêmico, ele é autodidata e faz um trabalho baseado nesse conhecimento, testando sistemas de segurança para avaliar se as informações realmente estão seguras ou não", explica Camillo Di Jorge, Country Manager da ESET Brasil.

Já os crackers são os verdadeiros invasores de computadores. Aliás, foram eles que assumiram a autoria dessas recentes invasões a sites oficiais brasileiros. Não dá para generalizar, mas o termo "cracker" define programadores maliciosos ou cyberpiratas que utilizam seu conhecimento avançado em informática para uso próprio. Normalmente, suas ações têm sempre um fundo anarquista ou ideológico. "É também muito perigoso afirmar que um é do bem e outro do mal. Isso porque, uma vez que a gente tem conhecimento, não se sabe onde isso vai ser usado", diz.

Hackers e crackers têm muita habilidade com computadores, porém, cada um usa esses seus conhecimentos de formas diferentes. Enquanto os hackers trabalham para melhorar softwares de forma legal e muitas vezes trabalham em grandes multinacionais, os crackers têm como prática a quebra da segurança de um software e usam seu conhecimento de forma ilegal. Ou seja, são vistos como criminosos.

Mas, para praticar esses ataques, esse pessoal precisa de muitos computadores trabalhando ao mesmo tempo. Computadores como o seu. Nossos computadores podem fazer parte de uma rede que promove ataques sem que a gente nem saiba disso. Essas redes são compostas por milhares, às vezes milhões de computadores ao redor do mundo.
E, quando muitos computadores tentam acessar uma mesma página ao mesmo tempo, ela não aguenta e cai. Foi esse tipo de ataque que derrubou sites do governo brasileiro. Por isso, é sempre bom ter um antivírus atualizado, que deixa todos esses problemas bem longe do seu computador.
 "É preciso ter todos os softwares originais nas máquinas para que elas recebam as devidas atualizações. Também é preciso visitar sites confiáveis e tomar cuidado com links encurtados. E o último cuidado é usar um antivírus, de preferência com uma característica pró-ativa para que ele possa identificar esses ataques antes", conclui Camillo.

Tomando esses cuidados você vai aumentar e muito a chance de não ter seu equipamento utilizado em ações criminosas. E, mais do que isso, terá sempre suas informações e dados pessoais protegidos no seu computador. Aliás, se você quiser saber se o seu computador não faz parte de uma rede de zumbis, é só clicar no link que acompanha essa matéria.

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