"O conteúdo erótico poderia ter sido alcançado sem o tema do abuso
," diz Amy Bonomi.[Imagem: Michigan State University] 13/08/2013
Redação do Diário da Saúde
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"Cinquenta Tons de Cinza", o romance campeão de vendagem e que é promovido como um romance erótico, na verdade perpetua o problema da violência contra as mulheres.
Esta é a conclusão de Amy Bonomi, Lauren Altenburger e Nicole Walton, da Universidade do Estado de Ohio (EUA), em um estudo publicado no Journal of Women's Health.
Segundo as pesquisadoras, o comportamento violento e abusivo contra as mulheres, que podem ser prejudiciais tanto física como emocionalmente, ganha aceitação social quando é glamourizado e apresentado como normal na cultura popular, tais como em livros e filmes.
"Este livro está perpetuando padrões de abuso perigosos e ainda está sendo anunciado como um livro romântico e erótico para as mulheres," disse Bonomi. "O conteúdo erótico poderia ter sido alcançado sem o tema do abuso."
Padrões de violência
Para aferir suas conclusões, as pesquisadoras fizeram uma análise sistemática da obra para identificar padrões consistentes com as definições de violência interpessoal dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA, assim como as reações normalmente apresentadas por mulheres abusadas.
Elas concluem que a parceira do sexo feminino, Anastasia, sofre danos como resultado de seu relacionamento com Christian.
Especificamente, as interações do casal são emocionalmente abusivas, caracterizadas pela perseguição, intimidação e isolamento.
A violência sexual é generalizada na obra, dizem as pesquisadoras, incluindo o uso de álcool para manipular o consentimento de Anastasia e o uso de intimidação. Anastasia sofre estresse, alteração de identidade e impotência/aprisionamento.
Escrito por E.L. James e publicado em 2011, "Cinquenta Tons de Cinza" já vendeu mais de 70 milhões de cópias e bateu o recorde como o livro de venda mais rápida de todos os tempos. Um filme baseado no romance está sendo rodado.
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