O propulsor deste ícone é um vistoso 440 pol³, 7,2 litros e 390 cv feito pela Mopar
Já podemos pensar na cena. O mocinho segue tranquilamente de carro por uma rua e, de repente, é atingido na traseira por outro, geralmente preto e com uma grade que esconde seus faróis. O modelo em questão em nove entre dez filmes é o Dodge Charger R/T.
A saga desse fantástico muscle car começou em 1966. Mas o estilo esportivo e com requintes de maldade chegou mesmo na primeira reestilização, em 1968. O desenho sugeria algo realmente forte e com cara de poucos amigos.
Nesse mesmo ano o filme Bullitt também entrou pra história com a clássica cena de 12 minutos de perseguição pelas ruas de San Francisco. O detetive Frank Bullit – vivido por Steve McQueen – pilotava um Mustang e perseguia os vilões em um vistoso Charger R/T preto. Imperdível para fãs de carro e leitores dessa coluna.
E ficar frente a frente com um deles é realmente especial. O capô é longo e a grade fechada aumenta a vontade de pisar fundo. Esse exemplar traz ainda os pneus red line e a sigla mágica: R/T, de Road and Track.
E sob o capô também temos algo interessante: um big block. Ele traz o propulsor com 440 pol³, 7,2 litros e 390 cv. Esse foi o maior motor produzido pela Mopar na época e tem um torque igualmente estimulante: 66,3 kgfm.
Impressões ao volante
Com todos esses dados em mão ficou a expectativa para acelerar o monstro. O ronco encorpado segue o balanço da carroceria. Coloquei a transmissão Torqueflite no D (Drive) e senti o tranco do conversor. Algo clássico nesses carros.
Guiar um V8 e sempre legal e, se for um muscle car, aproveite bem o momento. Cada gota – ou melhor, litro – de gasolina consumido será bem gasto. Torque de sobra e reações rápidas, mesmo com todo esse peso, garantem a diversão no passeio.
As reações também se estendem aos outros motoristas, com olhares de admiração e temor. Nada como o cinema para criar mitos e ícones, entre eles algumas máquinas imortais como Charger 68. Até mais!
Confira o vídeo:
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