JORGE OLIVEIRA
Brasília - Depois que o presidente da CUT, Vagner Freitas, ameaçou
“pegar em armas” para impedir a deposição da Dilma da presidência, a Polícia
Federal precisa urgentemente vasculhar a sede da entidade para saber se Freitas
já tem realmente o arsenal à disposição dos seus filiados e militantes do PT.
O
presidente da CUT, na verdade, pensa como o Lula que também já se mostrou
adepto da luta armada quando, numa manifestação na ABI, ameaçou acionar seu
exército vermelho (os guerreiros vermelhos do Stédile, do MST) para garantir o
mandado da sua companheira.
Estocar armas para Vagner Freitas não é um problema, pelo menos
financeiro. Gigolôs do dinheiro público, as centrais sindicais – a do Freitas
incluída – embolsaram do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) no ano passado,
180 milhões de reais.
Isso mesmo 180 milhões de reais!, resultado de uma
manobra criada por Lula quando presidente para silenciar seus dirigentes e os
sindicatos pelegos aliados que deixaram de defender a categoria para se juntar
incondicionalmente ao PT na defesa desse governo corrupto.
As centrais sindicais unidas podem criar um verdadeiro exército com alto
poder de fogo e sair às ruas como já fazem os bolivarianos que se armaram até
os dentes no exercito criado pelo ex-ditador Hugo Chávez.
Aliás, em novembro
de 2014, entrou clandestinamente no território brasileiro o ministro
venezuelano Elias Jaua para assinar acordos com o MST e a CUT para “fortalecer
a revolução socialista do Brasil”, como ele mesmo informou nos atos dos convênios.
Quando diz que pode reagir a bala às manifestações populares, Freitas
não está usando nenhum sentido figurado às suas palavras, como tentaram
amenizar alguns para botar panos quentes na irracionalidade delinquente do
presidente da CUT. É assim que pensa a escória sindical que quer ver o circo
pegar fogo.
Se a expressão de “pegar em armas” que usou era de desabafo deve
ser punido pela bazófia. Afinal de contas, a central que preside agrupa
milhares de sindicatos no Brasil e ele comete crime grave ao insuflar os
filiados à luta armada.
Enquanto milhares de trabalhadores estão desempregados, Vagner Freitas
não tem do que se queixar. A sua central e algumas outras que compõem o staff
dos pelegos lulistas embolsaram nos últimos sete anos 1 bilhão de reais.
Só
entre janeiro e abril deste ano, foram irrigados para os cofres dessas
entidades de classe 166 milhões de reais, como informou CH aqui no Diário do
Poder.
É assim, mantendo regularmente pagamentos milionários, que a república
sindical se mantém ao lado do governo, desprezando a categoria a quem deveria
proteger num caso de crise econômica como essa.
A Central Única dos Trabalhadores é o braço financeiro dos petistas. Lá
não existe auditoria e o dinheiro é distribuído ao bel-prazer do seu
presidente.
A entidade financia encontros, viagens, manifestações, TVs, rádio e
a mídia chapa-branca (os blogueiros oficiais) convocada para apoiar esse
governo de aloprados e denegrir a imagem dos que pensam diferente deles.
Como o dinheiro é do FAT, o Ministério Público deveria abrir investigação para
apurar como ele está sendo usado e para que fins é destinado.
A julgar pelas
declarações do presidente da CUT, diante da Dilma, numa solenidade, a grana
pode estar servindo para armar seus militantes e manter um grande arsenal à
disposição da central.
Os primeiros indícios de que a CUT pode estar se preparando para um
conflito armado, como alardeia seu presidente, podem aparecer já nas
investigações que a Polícia Federal está fazendo sobre as bombas jogadas na
porta do prédio do Instituto Lula.
Os policiais não descartam a hipótese de que
militantes petistas estariam por trás do atentado. Se isso de fato for
comprovado, os ensinamentos dos bolivarianos começam a ser postos em prática no
Brasil.
Para evitar que atos como esses aterrorizem a população, a Polícia
Federal deveria intimar o presidente da CUT para esclarecimentos e o Ministério
Público promover uma devassa nas contas da central.
Nenhuma organização criminosa resiste a uma intervenção em suas
finanças, como mostram investigações policiais recentes.
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