Depois de criar estradas e parques que absorvem partículas
poluidoras, a equipe do designer holandês Daan Roosegaarde está focando sua
atenção em bactérias bioluminescentes.
Ao unir essas bactérias com plantas, o grupo pretende iluminar
cidades com árvores que brilham no escuro.
O conceito de plantas que brilham no escuro já existe há algum
tempo.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) modificaram o
material genético de vaga-lumes e de bactérias luminescentes Vibrio fischeri para aumentar a produção de enzimas
que retêm luz e que podem ser inseridas em genomas – isso foi chamado de
“biotijolos” (BioBricks).
Uma
campanha do Kickstarter para criar plantas que brilham sem eletricidade foi
lançada em 2015, e em setembro de 2016 foi anunciada a ideia de utilizar algas
que armazenam energia produzida durante o dia através da fotossíntese na
iluminação pública.
Claramente, este é um assunto de interesse geral.
Inspirado por águas-vivas que vivem em águas profundas e mesmo
assim produzem sua própria luz, Roosegaarde procurou o pesquisador da State
University of New York, Alexander Krichevsky, e fundou a empresa Bioglow para
comercializar plantas com luz própria.
A equipe criou duas linhagens de plantas Nicotiana tabacum com a enzima, e o resultado foi
divulgado em 2016.
Roosegaarde
e Krichevsky estão trabalhando juntos para montar uma exposição com essas
plantas bioluminescentes.
“Vai ser incrivelmente fascinante ter paisagens que não usam
energia elétrica mas que ao mesmo tempo são poéticas”, anuncia o designer.
O
próximo trabalho de Roosegaarde é uma tinta de parede biológica que brilha do
escuro, feita a partir de cogumelos bioluminescentes. [IFLScience]
Confira entrevista com o designer:
https://hypescience.com/arvores-que-brilham-no-escuro-um-dia-poderao-iluminar-nossas-ruas/
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