Presidente foi nomeado secretário de Segurança do Estado de São Paulo quando ocorreu o operação
O presidente Michel Temer assumiu o cargo de secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo cinco dias após a operação policial que viria a ser conhecida como massacre do Carandiru.
Após tomar posse, Temer disse que recomendaria ao comando-geral "repouso" e "meditação" aos policiais envolvidos na ação que matou 111 detentos.
Os militares envolvidos em confrontos como os do Pavilhão 9 da Casa de Detenção, em casos de perseguição, cercos, tiroteios, merecem repousar depois de ações como essas e ser submetidos a tratamento psicológicos. O choque do dia-a-dia é uma tarefa ingrata e eles precisam de repouso e meditação. Vou recomendar ao comando-geral da Polícia Militar esse tratamento, disse, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada à época.
Segundo informações do HuffPost Brasil, Temer teria prometido operações policiais sem excessos, mas não descartou o uso de violência. "Se a polícia for recebida com violência ela usará os mesmos métodos, pois a toda ação deverá responder de maneira igual, é, claro, sem excessos", afirmou.
Na última terça-feira (27), o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou os julgamentos que condenaram 73 militares pelo massacre. O desembargador Ivan Sartori, relator do processo, citou "legítima defesa" para sustentar a anulação.
Em 2 de outubro de 1992, militares entraram no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo para controlar uma rebelião. No total, 111 presos foram mortos. Em julgamento, os réus alegavam que os presos estavam armados. Eles foram condenados a penas que vão de 48 a 624 anos de prisão.
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