Circula nas redes sociais imagem do presidente do Supremo
Tribunal Federal ao lado Antônio Mahfuz, em Miami.
O empresário é réu em 221
processos e fugiu do Brasil há 15 anos para não ser preso.
Na internet, Delúbio
Soares deu retweet num post com a seguinte mensagem: “Antônio Mahfuz: 221
processos, prisão decretada, foragido do Brasil.
Em Miami, com Joaquim Barbosa,
num bar.”
Via Brasil 247
O presidente
do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, se envolveu em mais uma polêmica.
Ainda sem conseguir justificar as 11 diárias financiadas pela Corte em suas
férias na Europa, circula atualmente na internet uma imagem em que o magistrado
aparece em Miami ao lado de um foragido da Justiça brasileira.
Barbosa
aparece com Antônio Mahfuz em imagem postada Em seu Facebook, com a legenda:
“Sob a mesma luz que guiava os peregrinos no deserto! Renasce a esperança com o
Justiceiro. Thanks God!”.
Segundo Paulo
Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, “não haveria problema nenhum não fosse
Mahfuz a chamada chave de cadeia. Ele fugiu do Brasil, há 15 anos, e deixou
atrás de si copiosos calotes. Uma contabilidade recente coloca Mahfuz como réu
em 221 processos”.
O colunista
lembra que foi exatamente para escapar da cadeia que ele se refugiou na
Flórida, “onde sabemos que JB comprou um apartamento em nome de uma empresa
imaginária, para não pagar imposto”.
Mahfuz foi
processado pelo seu principal credor, o Banco Chase Manhattan e por suas irmãs,
sob a acusação de ter falsificado a assinatura do pai numa procuração que lhe
dava poderes para administrar os negócios do patriarca, Elias Mahfuz, um
imigrante sírio que montou do nada um patrimônio respeitável no interior de São
Paulo.
Segundo
Nogueira, seja qual for a origem da confraternização de Mahfuz e Joaquim
Barbosa, está claro que ele deve uma satisfação aos brasileiros (leia abaixo
texto de Paulo Nogueira em seu Diário do Centro
do Mundo).
Condenado na
AP 470, Delúbio Soares repercutiu a foto no Twitter com o post: “Antônio
Mahfuz: 221 processos, prisão decretada, foragido do Brasil. Em Miami, com Joaquim
Barbosa, num bar.”
***
Joaquim Barbosa
deve satisfações pela foto com um foragido
Paulo
Nogueira
Circula hoje
[1º/2] pela internet uma foto que é um embaraço – mais um numa longa série –
para Joaquim Barbosa.
Nela, JB
aparece confraternizando, nos Estados Unidos, com um homem que parece um a mais
na multidão.
Mas não é.
Ao lado de JB
está Antônio Mahfuz, que os amigos chamam de Toni ou Toninho. A foto foi
postada por Mahfuz em seu Facebook, e nela ele saúda
o “justiceiro” JB.
Não haveria
problema nenhum não fosse Mahfuz a chamada chave de cadeia. Ele fugiu do
Brasil, há 15 anos, e deixou atrás de si copiosos calotes.
Uma contabilidade
recente coloca Mahfuz como réu em 221 processos.
Foi exatamente
para escapar da cadeia que ele se refugiou na Flórida, numa cidade chamada
Hollywood, perto de Miami. Miami, sabemos, é onde JB comprou um apartamento em
nome de uma empresa imaginária, para não pagar imposto.
Quando fugiu,
a sentença de prisão de Mahfuz estava decretada, por conta do processo movido
contra ele pelo seu principal credor, o banco Chase Manhattan.
Dono de uma
rede de lojas nascida na região de Rio Preto, em São Paulo, e depois expandida
para outras partes, Mahfuz deu em garantia para empréstimos bens.
Ele não honrou
as dívidas, e o banco, quando o executou, simplesmente não encontrou os bens
penhorados. Ele foi decretado pela justiça “depositário infiel”. Quando sua
prisão foi pedida, ele foi para os Estados Unidos.
Deixou no
Brasil as dívidas, e uma situação judicial extraordinariamente complicada.
Suas irmãs o
estão processando sob a acusação de que ele falsificou a assinatura do pai numa
procuração que lhe dava poderes para administrar os negócios do patriarca,
Elias Mahfuz, um imigrante sírio que montou do nada um patrimônio respeitável
no interior de São Paulo.
Um perito
contratado por elas atestou que a assinatura no documento que investe Antônio
Mahfuz não “partiu do punho” do pai. Um site da região conta com detalhes
essa história.
Elas querem
que todos os negócios realizados a partir da procuração sejam anulados. Seria a
maneira de recuperaram a herança paterna que o irmão fez desaparecer.
É ao lado de
Mahfuz, com esta folha corrida, que JB aparece na foto.
Tudo bem?
Não,
evidentemente. Na hipótese mais benevolente, JB estava em algum lugar quando
foi abordado por alguém que o reconheceu, e para quem ele é um herói.
Na pior, ele
conhece Mahfuz, o que criaria um conflito ético profundo.
Num mundo
menos imperfeito juízes não teriam amigos, porque isso pode afetar suas
sentenças, mas vivemos num país em que Merval Pereira se abraça sem cerimônia
com magistrados como Ayres Britto e Gilmar Mendes, com todas as partes
aparentemente sem noção da gravidade dos abraços.
Seja qual for
a origem da confraternização de Mahfuz e Joaquim Barbosa, está claro que JB
deve uma satisfação aos brasileiros.
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