NÓS INTERVENCIONISTAS DEFENDEMOS A INTERVENÇÃO HÁ 03 ANOS.
Alvo principal da 35ª fase da
Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci é apontado pelo
Ministério Público Federal como um dos operadores de propina em prol do Partido
dos Trabalhadores e de políticos ligados à sigla.
Beneficiário recorrente
de dinheiro sujo do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, Palocci
foi o destinatário de recursos que envolviam a compra de um
terreno que seria utilizado na construção de uma nova sede para o Instituto
Lula, conforme antecipou VEJA.
Os repasses foram registrados na
central de propina da Odebrecht sob a rubrica “Prédio (IL)”.
De acordo com investigadores, há indícios de que a compra do terreno em
que seria instalado o Instituto Lula foi debitada do saldo de propina acertado
previamente entre Palocci e dirigentes da Odebrecht.
Uma planilha organizada
pela empreiteira indica o repasse de mais de 12 milhões de reais anotados na
planilha “Programa Especial Italiano” (em referência a Palocci), vinculados a
“IL” (em menção ao Instituto Lula).
Entre as provas que incriminam tanto Lula
quanto o ex-ministro estão relatos de uma reunião entre o empreiteiro Marcelo
Odebrecht e o advogado e compadre de Lula, Roberto Teixeira, além de documentos
encaminhados por Marcelo relacionados à compra do terreno.
Nos e-mails em poder
da força-tarefa da Lava Jato, existem mensagens sob o título “Prédio
Institucional”, “Prédio do Instituto” e uma planilha intitulada
“Edificio.docx”.
O cerco contra o ex-presidente Lula,
réu por duas vezes no escândalo do petrolão, ganha contornos ainda mais
contundentes na 35ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira.
É que
outra prova em poder dos investigadores diz respeito à minuta de contrato do
terreno encontrada no sítio usado pelo ex-presidente Lula.
No documento, o
pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de longa data de Lula, aparecia como
adquirente e estava representado por Roberto Teixeira.
Em depoimento, Bumlai
disse ter se recusado a aparecer como comprador do terreno.
Ao final, o
Ministério Público diz que a compra se deu em favor de pessoas vinculadas à
Odebrecht.
A fase Omertà da Operação Lava Jato
escancara ainda o trânsito de Antonio Palocci como arrecadador de propinas.
O
MP diz que os repasses de dinheiro sujo ao petista ocorriam “de forma
reiterada”, tanto em período de campanha eleitoral quanto fora dele.
Na
proposta de delação premiada do ex-marqueteiro petista João Santana, Palocci aparece
ao lado do também ex-ministro Guido Mantega como operador de propinas para a
campanha da ex-presidente Dilma Rousseff.
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