Grandes empresários, um dos fundadores do
Partido Novo e um ex-presidente do BNDES estão entre os brasileiros donos
de empresas offshore nas
Bahamas, pequena ilha no Caribe conhecida por ser um paraíso fiscal.
As informações têm como base uma nova investigação do
Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, em inglês).
A
organização tornou público um banco de dados com 175
mil registros de empresas nas Bahamas.
Entre as centenas de pessoas físicas ou jurídicas do Brasil que
aparecem com offshores registradas
no país caribenho, o Blog fez uma
varredura para checar nomes sobre os quais há interesse público ou relevância
jornalística –pela exposição que têm ou tiveram na sociedade.
Estão nessa
categoria políticos e agentes públicos, grandes empresários, executivos de
grandes empresas e dirigentes de estatais e partidos políticos. Leia ao final
deste post as listas de nomes que foram checadas pelo Blog.
Nesse processo
de cruzar nomes com o banco de dados de offshores nas
Bahamas, já foram descobertos e divulgados pelo Blog pelo menos 7 investigados na
Lava Jato.
Ter uma offshore não é
ilegal. O ICIJ inclusive faz essa ressalva a todos que pesquisam nomes de
pessoas e de empresas:
“Há uso legítimo de companhias offshores e trusts”. A
organização não tem “intenção de sugerir ou inferir que pessoas, empresas ou
qualquer entidade infringiram a lei”.
A afirmação
vale para o Brasil. Um brasileiro pode ter uma offshore legalmente
desde que a declare em seu Imposto de Renda.
(…)
Vice-presidente do Grupo Globo e presidente da Fundação Roberto Marinho, o empresário José Roberto Marinho está relacionado à offshore New World Real Estate Services Limited.
O executivo do
Grupo Globo Paulo Daudt Marinho consta
como diretor da offshore Canary Global Ltd.
Paulo Marinho é filho de José Roberto Marinho.
Nos 2 casos, a assessoria da família Marinho disse que as
empresas foram declaradas à Receita Federal.
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