Países anunciam que darão “passos imediatos” para processo de paz no Oriente Médio
Um dia após assassinato
de embaixador russo em Ancara, ministros de Defesa e de Relações
Exteriores de Rússia, Turquia e Irã se reuniram em Moscou nesta terça (20). Ao
contrário de uma declaração de guerra, alardeado por muitos jornais, decidiram dar “passos imediatos” para obterem uma resolução pacífica do
conflito na Síria.
O Kremlin ressaltou que o assassinato do
embaixador Andrei Karlov em solo turco foi uma provocação, mas que isso “não
afetará os atuais esforços diplomáticos”.
Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo,
afirmou à imprensa: “Especialistas trabalham hoje em um texto da Declaração de
Moscou sobre passos imediatos para impulsionar a resolução da crise síria. Este
é um documento consistente e muito necessário”.
Ele e o ministro da Defesa do Irã, Hussein
Dehgan, também deixaram claro que “todas as anteriores tentativas de pactuar
ações conjuntas empreendidas pelos EUA e seus parceiros estavam condenadas ao
fracasso. Nenhum deles tinha influência real sobre a situação no terreno”.
“Uma solução política é a melhor solução, é
nisso em que acreditamos”, ressaltou Mevlüt Çavuşoğlu, ministro de Relações
Exteriores da Turquia. Javad Zarif, ministro de Relações Exteriores do Irã,
disse que a união trilateral deve cooperar para “acabar com o terrorismo que
está mantendo todos como reféns na Síria e no Oriente Médio”.
Segundo o documento divulgado, os três países
esperam “serem fiadores e solucionar conjuntamente os assuntos relacionados com
a situação na Síria”. A medida causará impacto em todo o Oriente Médio, pois
Rússia e Irã sempre estiveram do mesmo lado na guerra da Síria, apoiando o
governo de Bashar al-Assad.
Contudo, até aqui a Turquia estava ao lado
dos Estados Unidos e da coalização internacional que tentam derrubar Assad e
apoia os chamados “rebeldes moderados”.
Russos e turcos vinham se aproximando nas
últimas semanas, por causa dos acordos de cessar-fogo e de evacuação de civis da
cidade de Aleppo.
Recentemente, a revista francesa Atlantico mostrou que havia muitos interesses comuns que
uniam países tão diferentes. O primeiro-ministro da Turquia, Erdogan, sabe que
não pode ficar contra a Rússia devido a antigos acordos econômicos, militares e
políticos. Então, o premiê está promovendo uma “virada” na sua política
externa.
Além disso, os três países têm uma atitude
comum em relação ao Ocidente, que consideram “arrogante” e “pronto para
interferir”. Alain Rodier, diretor do Centro francês de Pesquisa e
Inteligência, lembra que os três países compartilham a intenção de ultrapassar
Washington que, segundo eles, quer impor as suas regras na política
internacional.
Ezequiel 37 a 39
O Doutor Mark Hitchcock, autor de dezenas
de livros sobre profecias bíblicas afirma que as notícias que estampam os
jornais de hoje revelam a existência de uma nova
aliança de nações que repetem os tempos bíblicos, e seu inimigo
comum seria Israel.
Ele aponta especificamente para uma
profecia encontrada em Ezequiel 38, que parece estar cada vez mais próxima de
se cumprir. Conhecida como a guerra de Gogue e Magogue, o texto fala sobre uma
aliança de nações que se unem para irem contra Israel.
O que torna este último século diferente
dos outros, disse Hitchcock, é que Israel foi novamente reconstituído, conforme
descrito em Ezequiel 37, na profecia dos “ossos secos”.
Ele diz que nações como Rússia, Irã, Líbia
e Turquia nunca foram aliadas ao longo da história, mas nos últimos tempos
esses países parecem estar formando alianças enquanto sua postura
com Israel não é muito amigável.
“Todas as nações de Ezequiel 38 são
identificáveis hoje e estão fazendo alianças umas com as outras”, disse
Hitchcock. Haverá grandes poderes mundiais unidos nessa batalha, lembra o
especialista:
1 – a federação de 10 reinos, que constitui
a forma final do quarto grande Império Mundial (uma União Europeia modificada,
que está perdendo membros);
2 – a federação do Norte, (pode ser a Rússia);
3 – Meseque, Tubal e Togarma (regiões da Turquia);
4 – Pérsia, povos além do Eufrates (atual Irã);
4 – os reis do Sul, poder ou coligação de poderes do Norte da África (Líbia e
Sudão)
Embora a hostilidade dos quatro primeiros
seja de uns contra os outros e contra Israel (Zc 12.2,3; 14.2), é
particularmente contra o Deus de Israel que eles lutam (Sl 2.2; Is 34.2; Zc
14.3; Ap 16.14; 17.14; 19.11,14,15,19,21).
Enquanto essa profecia pode ser
perturbadora para alguns, Hitchcock tem certeza que ela pode oferecer conforto
também. “Deus está sempre no controle”, sublinha.
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