O responsável pela vistoria de minas e
barragens, como a de Brumadinho, autorizou o uso de dinheiro destinado à
fiscalização para bancar uma viagem de servidores a Ouro Preto.
A reportagem
de Filipe Coutinho, na Crusoé, é espantosa:
“Em maio de 2018, um
grupo de cerca de 40 servidores da Agência Nacional de Mineração, novo nome do
antigo DNPM, foi enviado para Minas Gerais. Não se tratava de uma ação de
fiscalização ou força-tarefa, o que agora se revelou mais do que necessário
após a gigantesca tragédia em Brumadinho.
De domingo a
quarta-feira, os funcionários aproveitaram o ‘convite imperdível ao debate e ao
aperfeiçoamento profissional’, na ‘aconchegante e turística Ouro Preto, com seu
ambiente geológico-mineiro’, como dizia a propaganda do Simpósio Brasileiro de
Exploração Mineral.
Documentos
internos, obtidos por Crusoé, mostram que a própria direção do órgão pôs a viagem dos
servidores à frente dos esforços para averiguar a condição de minas e
barragens, ao propor que recursos destinados à fiscalização fossem remanejados
para garantir a participação no evento – plano que só foi frustrado em razão da
demora e da burocracia orçamentária.”
A grande
sujeira por trás desse desastre estava em governos passados. Veja aqui!
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