Um recente ataque terrorista na Caxemira pode preparar o terreno para um grande conflito entre a Índia e o Paquistão, quando a Índia começa a bombardear o território paquistanês. Como sempre, as causas desses problemas estão sendo ignoradas pela mídia mainstream. Em 14 de fevereiro, a Índia foi abalada por um atentado suicida ocorrido dentro de Jammu e Caxemira. O ataque teve como alvo um comboio de veículos de segurança, matando pelo menos 42 oficiais da Força de Polícia da Reserva Central (CRPF) da Índia (bem como o próprio suicida).
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Índia executa ataque aéreo no Paquistão
Fonte: https://www.dw.com/pt-br/
O governo indiano afirma que ataque de ontem atingiu campo de treinamento de grupo militante, com centenas de mortes. O Paquistão confirma o ataque, mas nega que haja vítimas. A incursão de caças indianos eleva ainda mais tensão entre duas potências nucleares.
De acordo com o Secretário do Exterior da Índia, Vijay Gokhale, o ataque tinha como alvo um campo de treinamento do grupo Jaish-e-Mohammad (JeM) em Balakot, na região da Caxemira, e foi movido por suspeitas de que a organização planejava ataques suicidas iminentes na Índia.
Trata-se do mesmo grupo que assumiu a autoria de um ataque suicida com um carro-bomba que matou ao menos 42 membros da polícia paramilitar indiana na Caxemira em 14 de fevereiro deste ano, elevando a tensão entre os países. Foi o ataque mais mortal do tipo desde o início da insurgência na Caxemira, em 1989.
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“Um grande número de terroristas do Jaish-e-Mohammad, treinadores, comandantes sêniores e grupos de jihadistas que haviam sido treinados para ações suicidas foram eliminados”, afirmou Gokhale. Segundo ele, trata-se de uma ação “preventiva e não militar”.
“Diante do perigo iminente, um ataque se tornou absolutamente necessário”, afirmou, acrescentando que o campo de treinamento, com capacidade de abrigar centenas de jihadistas, “não poderia ter funcionado sem o conhecimento das autoridades paquistanesas”. Uma fonte sênior do governo da Índia disse à agência Reuters que cerca de 300 militantes foram mortos pelos ataques. Já a emissora indiana CNN News 18 falou em 200 mortes, também citando fontes do governo indiano.
O exército do Paquistão confirmou o ataque aéreo, mas afirmou que não houve danos. “Diante de uma resposta ágil e efetiva da Força Aérea do Paquistão, [as aeronaves indianas] liberaram sua carga às pressas ao escaparem perto de Balakot. Não houve vítimas ou danos”, disse o porta-voz do exército do Paquistão, Major General Asif Ghafoor.
Sem referir-se especificamente ao ataque, o presidente do Paquistão, Arif Alvi, disse nesta terça-feira que a Índia havia criado “histeria” diante do ataque com carro-bomba ocorrido na Caxemira, acrescentando que a retórica do rival pode levar à guerra entre os dois países.
Contrariando acusações da Índia, o Paquistão afirma não abrigar o JeM, que possui conexões com a Al Qaeda e está em uma lista de organizações terroristas da ONU desde 2001, quando lançou um ataque contra o Parlamento indiano em conjunto com o grupo Lashkar-e-Taiba. O grupo luta para unir toda a Caxemira ao Paquistão.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar de forma dissimulada as infiltrações na sua parte do território e a própria revolta armada, o que o governo em Islamabad sempre negou.
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A Índia e o Paquistão já se envolveram em duas guerras e diversas disputas sobre o controle da Caxemira. Contudo, tropas e forças aéreas raramente cruzaram a fronteira altamente guardada entre os países na Caxemira, conhecida como Linha de Controle, mas que foi atravessada pela Força Aérea da Índia nesta terça-feira.
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