O que mostram as novas mensagens roubadas à Lava Jato
O novo lote de mensagens roubadas à Lava Jato mostra
que:
1) Sergio Moro e Deltan Dallagnol tentaram conter o
vazamento para a imprensa de uma lista (possivelmente apócrifa) de políticos
suspeitos de receber propina da Odebrecht;
2) Eles temiam uma manobra do STF para tirar a Lava
Jato de Curitiba e engavetar os inquéritos em Brasília, por causa do foro
privilegiado;
3) Nem o juiz, nem o procurador interferiram no
trabalho da PF;
4) Sergio Moro contava com Teori Zavascki para impedir
o golpe;
5) Nenhuma ilegalidade foi cometida.
O crime de quebra de sigilo de fonte está em andamento
Se a Folha teve acesso ao inteiro material roubado da
Lava Jato, há um crime em andamento: a quebra de sigilo de fonte de todos os
jornalistas que fizeram contato com procuradores da operação.
O sigilo de fonte jornalística, garantido pela
Constituição, já havia sido quebrado quando o hacker passou as mensagens ao
site do seu cúmplice. Agora, no entanto, o fato se torna mais grave com a
possibilidade de um jornal como a Folha estar na posse de eventuais conversas
de jornalistas de publicações concorrentes com procuradores da Lava Jato.
Mesmo que não as divulgue, o jornal já teria
conhecimento dessas conversas. Nesse caso, a quebra de sigilo estaria
configurada.
Nunca se viu algo assim.
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